O Ato Contra o Desmonte das Políticas Públicas de São Paulo, realizado na última quarta-feira, 16/9, em frente à Assembleia Legislativa, marcou a unidade da luta contra o PL 529/2020, o projeto de destruição do Estado do governador Doria.

Nesta semana, novas batalhas serão travadas: o líder do governo, deputado Carlão Pignatari (PSDB),  foi nomeado relator do PL, na Comissão de Constituição, Justiça e Redação. A reunião que discutirá o seu parecer foi convocada já para as 12h desta terça-feira, 22/9, pouco antes da reunião da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento marcada para as 15h , com o objetivo de ouvir o secretário de Projetos, Orçamento e Gestão, Mauro Ricardo, sobre o PL 529/2020.

Ato

Articulado pelo Comitê de Luta Contra o PL 529/2020, o Ato Contra o Desmonte das Políticas Públicas de São Paulo reuniu cerca de 700 manifestantes, representando as várias áreas atacadas pelo governo Doria, transporte, saúde, educação, moradia, produção agrícola, preservação de meio ambiente, fornecimento de medicamentos.

A Polícia Militar até tentou coibir o protesto, ao proibir o uso do caminhão de som. O deputado Teonilio Barba, líder do PT, e a deputada Professora Bebel buscaram dialogar com o comando da PM. Os parlamentares não foram atendidos e acabaram liderando a ocupação da avenida Pedro Álvares Cabral, em frente à Alesp, que foi tomada pelos manifestantes por cerca uma hora e meia. Os petistas Luiz Fernando e Paulo Fiorilo também manifestaram seu apoio à realização do ato.

A coordenação da ato foi compartilhada pelo coordenador nacional da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim,  e o presidente da CUT estadual , Douglas Izzo. Servidores das dez empresas ameaçadas de extinção, estudantes e movimentos populares, estavam representados. O manifesto Não ao PL 529/2020 – Em defesa das políticas e serviços públicos, foi lido por representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp).

Os pré-candidatos à prefeitura de São Paulo Jilmar Tatto do PT e Guilherme Boulos do PSOL também estiveram presentes ao ato.

Interior

No mesmo dia 16, trabalhadores do Itesp também promoveram atos de protestos contra o PL nas cidades de Presidente Prudente, Mirante do Paranapanema, Araraquara, Araras e Registro.

A avaliação dos integrantes do Comitê de Luta Contra o PL 529/2020 foi que o movimento durante a semana que passou foi positiva, motivando a organização no interior do Estado e a pressão contrária ao PL que prefeitos podem vir a fazer junto ao governador.

Além do enfrentamento às movimentações do governo na Alesp nesta semana, as entidades e movimentos que integram o Comitê de Luta devem continuar a divulgar o manifesto (leia abaixo).