A bancada do PT na Assembleia Legislativa expressa luto com a perda do companheiro Pedro Casaldáliga e  condolências à família do bispo emérito de São Félix do Araguaia, em Mato Grosso.

Dom Pedro Casaldáliga foi um bispo católico espanhol, radicado no Brasil desde 1968. Ao chegar no Araguaia, em 1968, o religioso realizou um trabalho em defesa de populações oprimidas, na luta pelo direito à terra, contra o regime militar.

Conhecido pela batalha a favor dos direitos humanos, morreu neste sábado (8), aos 92 anos, na cidade de Batatais, em São Paulo, onde estava internado. A informação foi divulgada pela Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria. A causa da morte não foi divulgada. O bispo lutava contra o Mal de Parkinson.

A história de Casaldáliga pode ser traduzida numa palavra: luta! Um verdadeiro exemplo e que nos coloca, neste exato momento, de tamanha dificuldade e tristeza com a perda do companheiro, durante a pandemia de COVID-19, numa posição de transformar o luto em luta, seguindo o exemplo de sua trajetória de vida.

O velório ocorrerá em Batatais, neste sábado (8) a partir das 15h, na capela do Claretiano – Centro Universitário de Batatais, unidade educativa dirigida pelos Missionários Claretianos. A missa de exéquias será celebrada, também em Batatais, neste domingo (9) às 15h, com transmissão ao vivo pelo YouTube. Depois, o corpo será levado para Ribeirão Cascalheira, em Mato Grosso, onde será velado, a partir de segunda-feira (10). Em seguida, irá para São Félix do Araguaia, onde o bispo realizou o seu trabalho missionário. Haverá um velório seguido de  sepultamento.

Para quem não puder estar nas homenagens de despedida do bispo, queremos deixar aqui a recomendação para que assistam Descalço sobre a Terra Vermelha, minissérie dividida em três capítulos de 52 minutos, dirigido pelo cineasta Oriol Ferrer. A película foi premiada na Ásia, no Festival de Seul, e pelo New York International TV & Film Awards e conta a estrada de lutas de Casaldáliga, não como protagonista, uma preocupação expressada pelo próprio bispo aos produtores da obra: “receio de ser retratado como protagonista das lutas da região, porque as conquistas foram resultado da luta e da caminhada de muitos”.

Dom Pedro Casaldáliga, presente!