Pedágio com preço de países desenvolvidos e estradas em condições precárias e sem segurança. Essa foi a constatação do Ministério Público do Estado de São Paulo ao realizar vistorias em estradas paulistas sob concessão. A avaliação foi noticiada pela imprensa no dia 16 de maio.
Reportagem do G1 diz que o promotor Silvio Marques considerou que o valor de pedágio nas estadas operadas por concessionárias é muito alto para um serviço muito mal feito. Segundo Marques, as estradas estão cheias de buracos, de ondulações com sinalização precária em alguns pontos e a segurança em alguns pontos das estradas deixa a desejar.
Ao tomar conhecimento da vistoria feita pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, a Liderança do PT na Assembleia encaminhou requerimento ao procurador-geral de Justiça do Estado solicitando cópia do relatório do inquérito.
Também foi elaborada outra série de requerimentos. Um deles solicita ao conselheiro presidente do Tribunal de Contas do Estado informações e abertura de auditoria especial junto à Artesp, Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo, responsável pela fiscalização das rodovias estaduais sob concessão. A agência paga R$ 100 milhões para uma consultoria vistoriar as estradas. Outros dois requerimentos solicitam informações ao secretário estadual de Logística e Transportes e ao diretor-geral da Artesp.
A Liderança do PT preparou ainda 22 requerimentos pedindo a convocação dos diretores presidentes das 22 concessionárias de rodovias do Estado. Esses requerimentos serão protocolados na Comissão de Transportes e Comunicações e na Comissão de Infraestrutura. O documento é assinado pela líder da bancada, deputada Beth Sahão, e pelos deputados Enio Tatto e Luiz Turco, membros das respectivas comissões. Os requerimentos a serem encaminhados ao MP, ao TCE, ao secretário e ao diretor geral da Artesp serão apresentados apenas junto à Comissão de Transportes e Comunicações.
Embora o assunto seja de alta relevância, os presidentes de ambas as comissões, os deputados José Zico Prado e José Américo, ambos do PT, terão de superar obstáculos para conseguir colocar os requerimentos em votação, visto que a base governista tem impedido sistematicamente a formação de quórum para a realização das sessões.
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