Processo contra deputado Arthur do Val deve ter relatório na próxima semana
Processo contra deputado Arthur do Val deve ter relatório na próxima semana

Na próxima terça-feira, 12/4, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo deve começar a discutir o relatório produzido pelo deputado Delegado Olim (PP) sobre o processo instaurado contra Arthur do Val (União) por quebra de decoro parlamentar por afirmações machistas e violentas contra as mulheres ucranianas.

Em sessão realizada hoje, 5/4, o Conselho ouviu as testemunhas arroladas pela defesa de Arthur do Val. Das dez pessoas convocadas a pedido do advogado Paulo Henrique Franco Bueno, oito deixaram de comparecer e duas foram ouvidas, Fernanda Graziella e Giulia Passos Blagitz.

Em viagem à Ucrânia, alegando apoio humanitário, o deputado conhecido como Mamãe Falei referiu-se às mulheres ucranianas de maneira sexista, machista, misógina e desumana. Em mensagem de áudio, Arthur do Val afirmou que as ucranianas são fáceis por serem pobres, o que causou indignação de vários segmentos da sociedade, de organizações de mulheres e de representantes de movimentos sociais e políticos. 

Áudios

Após a oitiva das testemunhas de defesa, o deputado Enio Tatto (PT), membro do Conselho de Ética, considerou que nenhuma nova questão foi trazida ao processo, além de confirmação de que Mamãe Falei é autor dos áudios.

A defesa de Arthur do Val, no entanto, insistiu em uma nova sessão para ouvir as testemunhas que não compareceram, e pediu que fosse determinada uma perícia técnica nos áudios divulgados. As solicitações foram negadas, por decisão unânime do Conselho de Ética, e nova sessão foi convocada para 12/4.

Resolução

Decisão em outro processo de quebra de decoro parlamentar estava pautada para acontecer em sessão extraordinária do plenário da Assembleia Legislativa nesta terça-feira, mas foi cancelada. Trata-se da votação pelo conjunto dos deputados estaduais de resolução do Conselho de Ética que definiu a pena de suspensão temporária por 90 dias para o deputado Frederico d’Avila.  Em 14/10, o deputado do PL e representante do agronegócio proferiu, da tribuna, discurso de ódio em que chamou o papa Francisco de “vagabundo” e o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, de “vagabundo” e “safado”, e afirmou que os religiosos são “pedófilos safados” e que a Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) “é um câncer”.

Nova sessão extraordinária para discutir e votar a resolução do Conselho foi marcada também para a próxima terça-feira, 12/4.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *