Aos que perguntam o que um membro do Partido dos Trabalhadores está fazendo na coordenação de uma frente parlamentar que defende a indústria, o deputado Luiz Fernando responde: precisamos de empregos de qualidade e a indústria química gera esses empregos.
O deputado Luiz Fernando (PT) realizou nesta segunda-feira, 26/6, o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Química e Farmacêutica, numa iniciativa que atende a demanda de sindicatos de trabalhadores e de associações de empresas químicas em São Paulo.
“Estamos na luta por empregos de qualidade, ao lado dos trabalhadores, com a Federação dos Trabalhadores do Ramo Químicos da CUT, Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT, Sindicato dos Químicos do ABC, Sindicato dos Químicos de São Paulo e Federação dos Trabalhadores em Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo, e de entidades como a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e a Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos (Associquim).”
Novo tempo
Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do governo Lula, também participou do lançamento da frente, saudando a iniciativa que, segundo ele, alinha-se aos compromissos do ministério ao “estimular e valorizar a participação da sociedade civil no debate sobre a importância de manter competitiva a cadeia produtiva do setor químico e de todos os setores da indústria brasileira”.
“Estamos promovendo uma ‘neoindustrialização’ [no Brasil] amparada pelos eixos da sustentabilidade, da desburocratização, da inovação, da descarbonização”, afirmou Geraldo Alckmin, manifestando o apoio do ministério e do governo federal para fortalecer a indústria química nacional, que gera emprego e conhecimento tecnológico.
Nesse novo tempo para a indústria brasileira, disse, ainda, o ministro, a reforma tributária será fundamental.
O tema da arrecadação de tributos foi tratado também pelo deputado Teonilio Barba, que destacou a necessidade de um plano de política industrial não só para o Brasil, mas também para o Estado. Barba criticou a taxa básica de juros e afirmou que o setor produtivo, que gera emprego, paga mais impostos e precisa de crédito para investir, não pode deixar permitir que o presidente o Banco Central e o Comitê de Política Monetária (Copom) continuem a manter o Brasil como o país com maior taxa de juros no mundo.
O deputado Rômulo Fernandes saudou a possibilidade de reunir trabalhadores e empresários para discutir, junto com o parlamento e com governos, a possibilidade de um novo tempo para a indústria química e farmacêutica em São Paulo.
Na mesa de lançamento da frente também esteve presente Juliana Cardoso, que representou o secretário de Desenvolvimento Econômico do governo do Estado, Jorge Lima. À secretária-executiva, Luiz Fernando disse ter expectativas de que o ´governo do Estado possa garantir a permanência das indústrias químicas e farmacêuticas em São Paulo.
Uma demanda concreta foi colocada pelo deputado Barba que anunciou uma reunião com o secretário Jorge Lima, no início de julho, para discutir a inclusão dos sindicatos de trabalhadores no Conselho Estadual de Promoção da Nova Industrialização, criado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Fiesp e Ciesp, duas entidades que respeito muito, estão no conselho, mas o governador deixou de fora o setor organizado da sociedade civil, os trabalhadores organizados por meio de seus sindicatos.
Homenagem a trabalhador morto
Durante o ato de lançamento da frente parlamentar, o deputado Luiz Fernando homenageou o trabalhador de empresa terceirizada, que presta serviços à indústria química da Braskem, morto em explosão ocorrida, em 22/6, no polo petroquímico de Capuava, localizado na divisa das cidades de Mauá e Santo André, no ABC paulista.
