Mesmo sem informações, base de Tarcísio aprova privatização de balsas
Mesmo sem informações, base de Tarcísio aprova privatização de balsas

Em sessão extraordinária realizada nesta terça-feira, 15/4, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou projeto de lei do Executivo que autoriza a concessão, por meio de parcerias público-privadas, do  sistema de balsas do Estado. A concessão englobará a operação, manutenção e gestão de 14 linhas aquaviárias, distribuídas em diferentes regiões.

Deputadas e deputados da criticaram o açodamento, por parte da base do governo Tarcísio de Freitas, durante a curta tramitação do PL 164/2025 no legislativo, o que não permitiu que usuários do sistema e moradores das áreas atendidas pelas 14 balsas pudessem conhecer e discutir a proposta governamental.

Parlamentares apontaram, também,  a ausência de transparência e informações relevantes no projeto de autoria do governador e anfalta de análise e discussão em mais um processo de privatização de serviço público em São Paulo.

Durante a votação, a deputada Beth Sahão destacou que a gestão deTarcísio de Freitas é marcada pela redução de reponsabilidades na administração do Estado. “O que vemos é a imobiliária ‘Tarcísio vende tudo’, salientou Beth, criticando, ainda, o fato de o governador, além de não fazer a gestão pública, repassa os custos da privatização para a população paulista.

Nas discussões em plenário, Paulo Fiorilo trouxe à baila as consequências da privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que elevou em 600% o salário de seus executivos. O deputado lembrou que houve drástica redução no quadro de funcionários, o que já reflete na prestação de serviços à população, com aumento do valor das tarifas e comprometimento da qualidade da água fornecida.

Fiorilo apelou para o presidente da Assembleia Legislativa no sentido do adiamento da votação e realização de audiência pública, em alguns locais atendidos pelas balsas, em especial a Ilha do Bororé, localizada no extremo sul da capital paulista, mas a solicitação foi desconsiderada .

Na liderança da bancada da Federação PT/PCdoB/PV, o  deputado Donato usou dos recursos regimentais, como a solicitação de verificação de presença, em obstrução à votação. A base do governo, no entanto, fiel ao projeto privatista de Tarcísio de Freitas, garantiu quórum e aprovação do projeto.

A bancada votou contrariamente ao  PL 164/2025 e  favoravelmente às emendas que apresentou à matéria, que, no entanto, foram rejeitadas.

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