Com a participação de mais de cem pessoas, entre lideranças sociais, estudantis, populares, sindicais e parlamentares, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem articularam nesta quinta-feira, 20/8, discussões acerca do PL 529/2020. O líder da bancada do PT na Alesp, deputado Teonilio Barba Lula, esteve presente e saudou a mobilização das lideranças na organização de uma forte ação contra a destruição do Estado pretendida pelo governo Doria.
De acordo com o projeto, o Poder Executivo poderá extinguir: Fundação Parque Zoológico de São Paulo; Fundação para o Remédio Popular “Chopin Tavares de Lima” (Furp); Fundação Oncocentro de São Paulo; Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU); Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP); Superintendência de Controle de Endemias (Sucen); Instituto de Medicina Social e de Criminologia (Imesc); Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp); e Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva” (Itesp).
Além disso, o governador extinguirá também o Instituto Florestal, sendo suas atribuições transferidas para os Institutos de Botânica e Geológico.
Lideranças e representantes das empresas criticaram a política de desmonte do Estado instituída pelo governador João Doria que, assim como o presidente Jair Bolsonaro, é adepto pelo ideário do Estado mínimo e abandona a população mais carente que, neste momento de pandemia, esta mais exposta ao desemprego, à perda de direitos, à redução de salário e renda e que precisa de mais serviços públicos.
A constituição do Comitê de Luta Contra o Abandono (PL 529/2020) passará a centralizar as ações de resistência à medida do governador, organizadas pelas empresas em parceria com as Frentes.
As ações virtuais e presenciais também foram mencionadas como instrumentos de mobilização e denúncias à sociedade os impactos negativos na vida das pessoas.
Nesta primeira reunião de trabalho e definição de ações estiveram presentes lideranças e representantes da CMP, MST, MTST, UNMP, CUT, MAB, Marcha Mundial das Mulheres, Apeoesp, Sintaema, UEE,Unegro, Conen, Facesp, Sincohab e Sindicato dos Arquitetos do Estado de São Paulo.
Participaram das discussões os deputados estaduais petistas Luiz Fernando Teixeira e Teonilo Barba, bem como a deputada estadual Isa Penna do PSOL.
Na avaliação de Luiz Fernando, o momento é de articulação e sugeriu que os movimentos abordem os deputados da base governista em defesa das empresas, articulem ações junto à imprensa para dar visibilidade as denúncias, entre outras iniciativas.
Já o deputado Teonilio Barba, líder da bancada do PT, discorreu sobre as etapas de análises, discussões da propositura no rito legislativo e ponderou sobre a correlação de forças na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Barba apontou que o projeto de Doria compromete as políticas públicas e serviços que o Estado ainda oferece à população e alertou sobre a demissão de quase seis mil pessoas.
As discussões contaram ainda com a presença de representantes dos gabinetes da deputada Lecy Brandão, do PCdoB, e Professora Bebel, do PT.
Para Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares, que conduziu a reunião, a criação do comitê de luta contra o desmonte do Estado foi um passo significativo para organizar e aglutinar forças políticas dos movimentos sociais e populares contra as medidas do governo Doria que ataca o povo.
Do PT Paulista.

[…] Frentes criam Comitê de Lutas contra projeto de Doria […]