Os deputados estaduais Jorge do Carmo e Paulo Fiorilo realizaram, na sexta- feria, 4/2, uma diligência na cratera aberta na Marginal Tietê em uma obra da Linha 6-Laranja do Metrô. Os parlamentares pedem investigação sobre as possíveis falhas que resultaram no desabamento da obra e perfuração do sistema de esgoto da Sabesp e requereram a criação de uma comissão na Assembleia Legislativa para acompanhar o caso.
De acordo com Jorge do Carmo, presidente da Comissão de Infraestrutura da Alesp, foi proposta a criação de uma Comissão de Representação Suprapartidária para acompanhar os trabalhos de apuração das responsabilidades civis e administrativas pela nova cratera do Metrô, por meio de diligências e oitivas de autoridades do Estado e das empresas envolvidas na execução da obra.
Em entrevista à imprensa, o deputado explicou que a comissão tem por objetivo criar um trabalho amplo de apuração do caso, junto ao Ministério Público e a Polícia Científica, para entender se o acidente ocorreu a partir de uma ilicitude. “Outras medidas que vamos propor é a convocação de representantes da Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) e do secretário de Infraestrutura (Marcos Penido) para irem à Assembleia prestar contas sobre essa obra”, afirmou o parlamentar.
Segundo o deputado estadual, parte da população se sente insegura, e é preciso entender a estrutura dos locais que a empresa espanhola Acciona, responsável pela obra, está escavando e se há mais riscos no futuro. O deputado destacou que cerca de R$ 22 bilhões já foram gastos no projeto, ”o que mostra ineficiência da Parceria Pública Privada (PPP)”, apontou.
“Esse modelo de gestão tem se mostrado ineficiente, financeiramente e também quanto a sua estrutura. O acidente na estação de Pinheiros quadruplicou o custo da obra e ninguém foi responsabilizado. Esse modelo de PPP, defendido pelo governo Doria, é ineficaz. O Estado está sem fiscalizar uma obra desse tamanho, e o Metrô, que é uma empresa pública, é escanteado na fiscalização”, concluiu.
