CONTAS DO GOVERNO VÃO BEM, MAS O POVO ESTÁ MUITO MAL, DIZ ENIO TATTO
CONTAS DO GOVERNO VÃO BEM, MAS O POVO ESTÁ MUITO MAL, DIZ ENIO TATTO

O deputado Enio Tatto demoliu o tom triunfalista do secretário da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre a situação das contas públicos do Estado de São Paulo. “Ouvimos que o Estado vai muito bem. Mas o povo está muito mal. A situação que o povo paulista está vivendo com esse orçamento é muito ruim. Ao invés de as autoridades ficarem felizes da vida, deveriam estar muito tristes com a fome e a miséria que castiga o povo. Se os secretários do governo Doria ouvissem o povo, morreriam de vergonha”, disse Tatto.

Henrique Meirelles participou nesta terça-feira, 26/10, da reunião na Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP), da Assembleia Legislativa, para prestar contas sobre ações e metas da sua pasta no primeiro e segundo quadrimestres de 2021. O secretário apresentou um quadro bastante positivo da situação financeira do Estado, com crescimento do PIB e da arrecadação, maiores do que o previsto. “A economia apresenta um crescimento robusto, superior à da economia nacional”, disse.

O resultado primário até o primeiro quadrimestre de 2021 foi de R$ 15 bilhões e, no segundo quadrimestre, o acumulado do ano foi de R$ 29 bilhões. A receita corrente líquida acumulada nos últimos 12 meses é de R$ 184,8 bilhões, desempenho 14,7% superior ao primeiro quadrimestre. Os números, entretanto, refletem a inflação do período, muito superior ao do ano passado.

O deputado Enio Tatto falou das 26 audiências públicas sobre o Orçamento para 2022 realizadas pela CFOP, que percorreu todo o Estado de São Paulo para ouvir as prioridades e principais queixas da população. No entanto, concluiu: “o governo e seus secretários estão totalmente fora de tudo”.

Segundo o parlamentar, o governo tem disponibilidade de caixa de R$ 59 bilhões, um crescimento de R$ 33,15 bilhões, 126% a mais do que no ano anterior. “Quais os motivos para esse crescimento estrondoso?”.Tatto destacou também que os gastos com publicidade foram de R$ 241 milhões , 24,3% a mais do que o previsto. Enquanto isso, os recursos aplicados nas recuperação de estradas vicinais foram de apenas 22% do orçado; nas delegacias da mulher e casas de apoio, somente 19%; na urbanização e nos assentamentos precários e na promoção e assistência da população de rua, o governo investiu zero do previsto. “Dá para acreditar?”, perguntou Enio Tatto.

O governo também se vangloria de ter reduzido de 44,39% para 39,9% os gastos com pessoal, graças ao arrocho salarial aplicado contra os funcionários públicos.

“Só resta lamentar a ausência de políticas sociais. Um governo que destina somente 0,37% do orçamento para a cultura, 0,36 para assistência social, 0,31% para agricultura e 0,09% para o esporte mostra total falta de compromisso com a área social. “É um governo para os ricos que despreza os mais pobres”, concluiu Tatto.

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