Deputadas estaduais foram alvo ataques machistas na última quinta-feira, 17/9, durante a transmissão ao vivo de sessão de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que ouvia a coordenadora do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres da Defensoria.
A CPI investiga exatamente a violência sexual contra estudantes de ensino superior, que já ouviou reitores e responsáveis por áreas de combate à violência contra as mulheres nas universidades paulistas.
A deputada Professora Bebel, representante do PT na comissão, fez a denúncia, ao vivo, do conteúdo violento de mensagens dirigidas às mulheres durante a transmissão pelo canal da Rede Alesp, no Youtube. Durante os ataques, participavam da sessão apenas parlamentares mulheres, de diferentes partidos.
Bebel pediu providências à presidente da CPI, deputada Dra. Damaris Moura (PSDB), e se solidarizou, em especial com a defensora Paula Sant’Anna Machado de Souza: “São pessoas que estão acostumadas a fazer isso. Não queremos nenhum tipo de violência”, afirmou a petista.
Repúdio
Em nota pública de repúdio, a Defensoria Pública de São Paulo pediu a apuração sobre os ataques.
“A Defensoria Pública de SP repudia com veemência a série de ataques machistas que foram proferidas hoje (17) durante a transmissão em vídeo pelo Youtube de sessão da CPI da Violência Sexual Contra Estudantes do Ensino Superior da Assembleia Legislativa.
Além de se solidarizar com todas as mulheres presentes à sessão, a Defensoria também irá zelar pelas prerrogativas da Defensora Pública que atuava profissionalmente naquela oportunidade. Por isso, irá promover em breve medidas para apuração dessas condutas, também em conjunto e mediante diálogo com a Presidência da CPI, a cargo da Deputada Damaris Moura.”
Assista aqui à sessão da CPI que recebeu ataques machistas.
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