Vivemos tempos difíceis no país.
Na Assembleia Legislativa de São Paulo não é diferente. Temos visto o ataque frontal aos direitos humanos, às liberdades individuais e coletivas, à igualdade de gênero e à democracia. Mas a agressividade e violência cometidas por parlamentares, principalmente os homens, ideologicamente contrários ao PT, PSOL e PC do B, têm se tornado uma prática diária, em especial contra as mulheres desses partidos.
São julgamentos, apelidos, exposições violentas em vídeos nas redes sociais, preconceitos com tom de voz e estilo de fala e outras barbaridades que se resumem em uma clara carga de assédio moral, psicológico e machismo exacerbado, infelizmente introjetado e reproduzido pelo discurso de deputadas mulheres da base governista, a exemplo da líder do PSDB, Carla Morando, que fez uso de expressões vulgares para desqualificar suas opositoras dos partidos de esquerda.
Por todas essas atrocidades cometidas contra as deputadas de esquerda na Alesp, nós, deputados petistas, não vamos aceitar que esses comportamentos sejam banalizados sob nenhuma medida. Reconhecemos que somos machistas, produtos da construção cultural e histórica do patriarcado que nos oprime. Por isso, precisamos estar atentos e temos o dever de melhorar nossas práticas e apoiar as parlamentares mulheres desta Casa, que, assim como nós, foram eleitas democraticamente e não podem ser tratadas com discriminação.
É importante que o povo paulista saiba que essas mulheres, que hoje estão sendo ferrenhamente violentadas, lutam junto com a bancada do PT contra a cruel Reforma da Previdência do governo de Doria, que prejudica, de maneira vil, muito mais as mulheres servidoras públicas.
Parabéns às deputadas de esquerda por toda a luta e resistência! Aos deputados contrários ideologicamente aos partidos de esquerda, desejamos que uma importante reflexão possa ser feita, para que o padrão de comportamento imprimido até agora na Alesp contra as deputadas possa ser alterado, a tempo de impedir que a exaltação da violência contra as mulheres e o machismo atuem contra a democracia, no segundo maior parlamento regional da América Latina!
Bancada dos deputados do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa de São Paulo
