Petistas apontam que a sede da FURF esta situada num terreno de 192 mil m², no Bairro de Itapegica, próxima a Via Dutra, a poucos minutos do centro de São Paulo, pode ser alvo de especulação imobiliária
Consta da pauta da Assembleia Legislativa no projeto de lei 49/2025, de autoria do governador que estipula a extinção da Fundação do Remédio Popular, – a FURP, como é conhecida produz medicamentos para a assistência farmacêutica do SUS, em especial aqueles de uso mais amplo como a amoxilina, a cefalexina entre outros.
A FURF oferece medicamentos a preço mais baixo do que as fábricas de genéricos, tem reduzida despesas de comercialização e de acesso ao mercado em razão do seu de ter como compradores os governos federal, estadual e prefeituras.
Atualmente a FURP conta com uma grande unidade em Guarulhos vem sendo gradualmente esvaziada desde o governo Doria em São Paulo e tem outra unidade em Américo Brasiliense há anos inativa.
Nos últimos tempos a fábrica de Guarulhos conta com apenas um turno com 500 funcionários, mas até 2015 tinha o triplo de trabalhadores e entregava 2,5 bilhões de remédios/ano.
O PL 49/2025 é composto por apenas quarto breves artigos – ;
1) extinção da FURP;
2) transferência de seus ativos e contratos para a Secretaria da Saúde, via Instituto Butantan ;
3) autoriza a venda dos bens imóveis;
4) Dispõe sobre a transferência dos funcionários estatutários a outros órgãos do Estado.
Na avaliação da peça a bancada do PT tem questionado o fato de a propositura em nada mencionar os 480 trabalhadores contratados em regime CLT que devem ser demitidos, o desmonte do importante equipamento público e a venda de mais um patrimônio público.
Outra questão relevante apontada pela Bancada petista é que a unidade de Guarulhos, situada num terreno de 192 mil m², no Bairro de Itapegica, muito próxima a Via Dutra, a poucos minutos do centro de São Paulo, pode ser alvo de especulação imobiliária.
Recentemente foi licitada a nova linha 19 do Metrô que ligará São Paulo à Guarulhos e contará com uma estação na quadra da FURP, fatores que sugerem motivações comerciais na área hoje ocupada pela fábrica de medicamento.
Diante das dúvidas e suspeitas suscitadas a presidência da Alesp acatou a reivindicação da Bancada do PT e realizará Audiência Pública na próxima terça- feira, 21/10, às 10h, Auditório Paulo Kobayashi, com a presença de representantes do governo estadual, com a finalidade de discutir o Projeto de lei complementar nº 49, de 2025, que dispõe sobre a extinção da Fundação para o Remédio Popular.
