Violência assola Estado: só agora, Serra se diz preocupado com segurança

27/04/2010 16:40:00

Insegurança pública

 

A falta de definição de uma política pública para a segurança pública é prova da omissão dos seguidos governos tucanos no Estado. Em apenas uma semana, 23 pessoas foram assassinadas na Baixada Santista e outras 12 foram feridas. Este é mais um dos tristes exemplos da onda de violência que toma conta do Estado de São Paulo.

O governador Alberto Goldman é acusado pela Procuradoria do Estado de se omitir na investigação dos homicídios no litoral. Para o procurador Antonio Mafezzoli, essa mortandade faz lembrar episódios ocorridos em maio de 2006, quando nove pessoas foram mortas em represália da polícia a ataques da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).  De acordo Mafezzoli, a polícia paulista está agindo como se os assassinatos praticados em diferentes cidades da Baixada Santista não estivessem interrelacionados.

A população da Baixada Santista São Paulo, está submetida a um regime de terror há quase dez dias, sem que a polícia do governo Alberto Goldman esclareça os motivos ou detenha os responsáveis pela explosão de violência.

Ironicamente, o ex-governador José Serra, só agora, depois de sair do governo paulista, diz que os governantes têm que entrar a “todo o vapor” na segurança. Parece esquecer da situação em que deixou o Estado, com crescimento , em praticamente, todas as modalidades criminosas.  Em 2009, 4771 pessoas foram assassinadas no Estado. O número de latrocínios na Capital também impressiona: foram 100 casos, em 2009; no ano anterior, foram 69. Também em 2009, os registros de roubos superaram a marca histórica de 2003. Foram 257.004 casos, contra os 248.406 de 2003.

Para o deputado Fausto Figueira, toda a sociedade deve cobrar o esclarecimento da situação no litoral. “Pela minha visão existem características de crime organizado, seja de facções criminosas seja de grupos de justiceiros. O comando da Polícia Militar também conduz a investigação nesta linha de raciocínio”, explicou o deputado. Figueira esteve com o diretor  do Deinter/6, delegado de polícia Waldomiro Bueno Filho, para saber como andam as investigações.

EUA recomendam não viajar para o litoral

A violência prejudica diretamente a economia da região, com a fuga de turistas. O órgão do governo dos EUA responsável pela segurança de seus cidadãos no exterior recomendou (OSAC), em comunicado, que os norte-americanos “evitem viajar” para quatro das maiores cidades do litoral paulista –Santos, Guarujá, São Vicente e Praia Grande– até que a onda de violência da última semana esteja encerrada.

Produtos roubados vendidos no Centro da Capital

O descaso com a segurança está presente em várias situações. Em pleno Centro da cidade de São Paulo, por exemplo, há dois anos acontece uma “feira do rolo”, que vende aparelhos roubados e furtados, todos os dias, entre 17h e 22h, na Praça Lessa. Comerciantes e moradores estão aterrorizados com a ação dos vendedores, que comercializam eletrônicos, celulares, roupas com etiquetas de grifes e até armas de fogo. Todos artigos fruto de roubos e furtos.

 

 

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