Funcionalismo

Os trabalhadores públicos estaduais de São Paulo realizam nesta sexta-feira (29/5) Ato Público Unificado da Campanha Salarial. A manifestação será realizada a partir das 15 horas na Praça da Sé. Também acontecerão atos regionais em todo o Estado e manifestações específicas das categorias, como dos professores na Praça da República, em frente à Secretaria Estadual da Educação, e dos funcionários do Poder Judiciário, na Praça João Mendes.

Apesar de ter sido aprovada pela Assembleia Legislativa, a data-base do funcionalismo paulista – 1º de março – não é respeitada pelo governo paulista.

Além da data-base, o funcionalismo cobra do Governo Serra a reposição de perdas salariais, o aumento do vale-refeição e o reconhecimento do Sistema de Negociação Permanente (SINP) no estado, instituído pela Lei 12.638/07, de autoria do deputado Roberto Felício.

O estado de São Paulo gasta hoje 39% da arrecadação com salário. É o estado brasileiro com menor gasto com o funcionalismo. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo pode gastar até 49%. Segundo entidades representativas do setor, parte da categoria precisa receber um abono complementar para que sua remuneração alcance, pelo menos, o salário mínimo regional definido pelo próprio governo.

Greve nas universidades

Na Universidade de São Paulo, funcionários estão em greve desde o início do mês. O clima está tenso. Ontem houve bloqueio da entrada da reitoria e o Sintusp – Sindicato dos Trabalhadores da USP – fala em ocupar o prédio, como ocorreu em 2007, quando estudantes e funcionários da universidade permaneceram no local durante 50 dias.

Os funcionários da Unicamp decidiram também entrar em greve por tempo indeterminado. Os professores realizam assembleia nesta quinta-feira para decidiram se vão aderir à paralisação. Eles querem reposição pela inflação e mais 10% de reajuste.