Educação
O mandato do deputado Roberto Felício organizou nesta terça-feira (24/6) audiência pública para sobre doenças profissionais e a Lei 1041/08 (que estipula o número de 6 faltas anuais) que afetam os professores da rede estadual de ensino.
A atividade faz parte da campanha em defesa da valorização dos professores e do resgate da escola pública encabeçada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em parceria com o gabinete do deputado Roberto Felício e com apoio da liderança da bancada do PT na Assembléia Legislativa.
Participaram do evento Roberto Franklin de Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o Doutor Herval Pina, da Universidade de São Paulo, Juliana Oliveira, da Fundacentro, Alexandre Ferraz, do Dieese e a professora Nilcéia Vitorino, da Apeoesp.
Dr. Herval Pina abordou a questão da síndrome de burnout que acomete a categoria. Os professores apresentam graves problemas emocionais, exaustão mental psíquica e transtornos de voz. No projeto neoliberal de enxugamento do Estado, estes problemas têm se acentuado, com sobrecarrega dos trabalhadores.
Alexandre Ferraz, do Dieese, apresentou pesquisa realizada em 2003 junto a 1.626 entrevistados por ocasião do Congresso da Apeoesp, que mostrou as más condições que os professores da rede estadual exercem suas atividades. Enquanto na Finlândia professores atendem 7 alunos por sala,
A pesquisadora da Fundacentro, Juliana Andrade Oliveira, trouxe resultados da análise coletiva do trabalho, mostrando que professores acabam extrapolando suas funções e se tornam uma espécie de pai ou mãe dos alunos. Ele não é meramente um educador e sofre com problemas e sensações de medo, cansaço, desespero, responsabilidade e culpa, sentimento de derrota, entre outros.
Já a diretora da Apeoesp, Nilcéia Vitorino, disse que os motivos da grande adesão de professores à greve decretada no dia 13 deste mês foi exatamente por que a categoria se sente ultrajada com as leis e decretos do governo estadual. O presidente da CNTE, Roberto Leão ressaltou o processo de enxugamento do estado pelos sucessivos governos do PSDB, que responsabiliza os trabalhadores pelos graves problemas da Educação e implementa um projeto onde a escola é gerenciada como uma empresa, sem relações humanas, oferecendo uma escola pobre para os pobres.
