Reivindicações da capital se repetem em audiência pública

09/06/2010 12:49:00

Orçamento 2011

 

Pelo terceiro ano consecutivo, Maria do Socorro Alves, da ONG Nossos Sonhos, compareceu à audiência pública realizada pela Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa. Mais uma vez, veio pedir infraestrutura para a região do CDHU Águia de Haia, em Itaquera. “Lá, existem muitas favelas e áreas ocupadas. São milhares de pessoas sem área de lazer, escola. Peço que o governo olhe para a periferia”, afirmou Maria do Socorro.

Assim como a moradora de Itaquera, moradores de outros bairros, integrantes da Apampesp, trabalhadores do Centro Paula Souza, do Sindicato dos Peritos Criminais, trabalhadores do Judiciário, entre outras categorias, apresentaram suas reivindicações, que se repetem há anos.

O deputado Enio Tatto, membro da Comissão de Finanças e Orçamento, chegou a dizer que as professoras aposentadas da Apampesp são símbolo de perseverança e da injustiça cometida pelo governo do Estado. “Mas as audiências públicas são a única maneira de revertermos essa situação. Por isso a defendemos”, declarou o deputado.

No ano passado, a Comissão aprovou 73 emendas elaboradas a partir das demandas apresentadas durante as audiências realizadas pelo Estado, mas não foram incluídas no relatório final. Professor Miralha, do Fórum das Seis, que reúne entidades representativas das universidades estaduais paulistas, afirmou ter ouvido do relator do Orçamento que ele escutava tudo o que era dito nas audiências, mas que escrevia apenas o que o Palácio dos Bandeirantes mandava. “O Executivo não tem respeito por essa Casa. Trata-se de uma crise republicana”, afirmou o professor.

Todas as categorias foram unânimes ao denunciar o descumprimento da Constituição por parte do governo estadual, quando este não cumpre a data-base do funcionalismo. “A forma como o governo vem tratando o funcionalismo é uma calamidade”, indignou-se o deputado Antonio Mentor, líder da Bancada do PT na Assembleia. Para a deputada Maria Lúcia Prandi, o que falta ao governo é planejamento. “Que parem de privatizar e que distribuam os recursos do Orçamento de maneira justa”, pediu o deputado Adriano Diogo, também membro da Comissão de Finanças e Orçamento.

Mais metrô e moradia

Além das reivindicações do funcionalismo, a população presente também pediu ampliação do metrô, inclusive para outras cidades da região metropolitana, e moradia. Moradores da zona sul reivindicaram acesso ao rodoanel, o Hospital de Parelheiros e melhorias no viário.

Também compareceram à audiência os deputados petistas Rui Falcão, Ana do Carmo, Marcos Martins, Hamilton Pereira, Vanderlei Siraque.

 

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