Investigação
A Procuradoria-Geral de Justiça recebeu por escrito os depoimentos dos ex-secretários de Segurança Pública de São Paulo, Saulo Abreu e Ronaldo Marzagão, sobre o suposto desvio de cerca de R$ 3 milhões em verbas sigilosas da Secretaria durante suas gestões, entre os anos de 2002 e 2009.
Destinadas à manutenção do gabinete e à realização de operações policiais sigilosas, estas verbas teriam sido desviadas por ex-funcionários do gabinete para uso pessoal e aplicação em contas particulares.
No depoimento ao procurador-geral Fernando Grella Vieira, Saulo e Marzagão negaram ter conhecimento de irregularidades no uso de verbas da Secretaria de Segurança.
Segundo reportagem do Jornal O Estado de São Paulo, publicada nesta quinta-feira (18/02), há uma testemunha que garante que funcionários do gabinete teriam desviado o dinheiro, embolsando quantias mensais de até R$ 50 mil. Estariam envolvidos no caso, dois ex-chefes de gabinete, Luiz Hélio da Silva Franco e Tadeu Sérgio Pinto de Carvalho.
A Procuradoria ouviu ainda os depoimentos de comerciantes sobre as notas frias utilizadas pelos ex-funcionários da Secretaria para justificar os gastos. A apuração deve dar origem a inquéritos de improbidade administrativa.
Diante das denúncias, o TCE decidiu solicitar prestações mensais de contas à Secretaria referentes aos recursos declarados como sigilosos até 2008.
CPI
Membro efetivo da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, o deputado Vanderlei Siraque chegou a buscar assinaturas para a instauração de uma CPI para apurar as denúncias. No entanto, a Bancada do PT e demais partidos de oposição contam com apenas 23 deputados e são necessárias pelo menos 32 assinaturas para garantir a CPI.
