Dia da Educação
Hoje é Dia da Educação e o Brasil está participando das atividades da Semana de Ação Mundial Pelo Direito à Educação. A Semana 2009 tem como tema Alfabetização de jovens e adultos e aprendizagem ao longo da vida e o slogan é Ler e escrever o mundo.
Durante a Aula Pública realizada no Congresso Nacional nesta terça-feira, 28 de abril, representantes da Conferência Internacional de Educação de Adultos receberam informe parcial da missão realizada pela Relatoria Nacional, nas salas de aula das prisões brasileiras.
A Relatoria visitou, na primeira semana de dezembro de 2008, as penitenciárias femininas SantAna, na zona norte da capital, Drª Maria Cardoso de Oliveira, no Butantã, e o Centro de Detenção Provisória de Diadema. Também foram visitadas as penitenciárias Drº Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra e Drº José Augusto César Salgado, localizadas no município de Tremembé.
O relatório vai subsidiar a elaboração de um informe do Relator Especial da ONU para Educação, o costa-riquenho Vernor Muñoz, sobre educação nas prisões de todo mundo que será apresentado à Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas e a outras instâncias nacionais e internacionais.
Os dados sobre educação apresentados durante a Aula Pública não são novos, mas refletem uma realidade que pouco tem avançado, principalmente no Estado de São Paulo. São problemas como o déficit de leitura e outras habilidades básicas, a falta de bibliotecas, a violência escolar e os baixos salários que afetam professores e estudantes, inclusive da geração que está ingressando agora na rede pública de ensino.
Repercussão internacional
Escândalos recentes na educação pública paulista tiveram repercussão mundial como os erros contidos nos livros distribuídos pela Secretaria da Educação no início do ano letivo; entre eles, um mapa com dois Paraguais e uma linha do tempo que ensina aos estudantes que o navegador Cristóvão Colombo viajou a América no século XX, mais precisamente em 1942.
Problemas graves de infra-estrutura também afetam o funcionamento da rede, como esgotos e inundações, que transformam escolas da periferia da Grande São Paulo em área de risco, e ainda casos graves de violência, que repetem-se em uma rotina que transformou a respeitável profissão de professor em atividade submetida a baixos salários, condições insalubres e tensão constante.
O caos na política do PSDB para a educação levou à troca recente da secretária Maria Helena Guimarães de Castro pelo ex-ministro Paulo Renato Souza, que assumiu em meio à polêmica sobre possível conflito de interesses públicos e privados, já que sua empresa de consultoria presta serviço a fornecedores de livros didáticos.
