Tucanagens
Oito procedimentos de investigação foram abertos pelo Ministério Público Estadual, impulsionados pelas representações da Bancada do PT na Assembléia paulista sobre as irregularidades e indícios de pagamento de propina nos contratos do governo estadual de São Paulo, com a multinacional Alstom.
A informação foi fornecida pelo promotor Silvio Marques, ao deputado estadual líder da Bancada do PT, Roberto Felício durante o encontro ocorrido na sede do Ministério Público, nesta quarta-feira (3/9).
Mudança no objeto inicial dos contratos, recorrentes aditamentos irregulares como prorrogações de prazo superior ao máximo permitido pela Lei e Licitações que é de até 60 meses, além da elevação dos valores pelo Estado pago pelos contratos são os principais objetos de investigação mencionados no relatório preliminar do Ministério Público, fornecido ao deputado.
Os oito procedimentos são todos referentes a contratos do Metrô com a Alstom, dentre eles estão Metrô/Mafersa, que recebeu parecer do TCE Tribunal de Contas do Estado com constatação de superfaturamento, além de ter sido ressuscitado, uma vez que o limite legal é de cinco anos e foi firmado em 1992, ou seja, há 16 anos. Para o Conselheiro do TCE o Metrô deveria ter feito nova licitação.
O Consórcio Alstom/ Siemens responsável pelas obras da Linha 2 do Metrô, também está no foco das investigações quanto o aumento dos preços e a dilatação dos prazos.
Há ainda o contrato do Metrô com o Consórcio Via Amarela, que além do desabamento na obra que provocou a morte de sete pessoas, o Consórcio recebeu aditamentos que elevaram em R$ 42 milhões os custos das obras.
Para o líder da Bancada do PT, Roberto Felício as irregularidades nos contratos do governo Estadual com a Alstom envolvem bilhões e atingem diretamente o Palácio dos Bandeirantes que ainda não se sensibilizou em sanar a lesão ocorrida ao erário público, salientou Felício.
O contrato Metrô/Mafersa foi designado a promotora Luciana Del Campo que receberá o deputado na próxima semana dia 9/9.
