Milhares vão às ruas contra desmonte das políticas públicas, militante é preso e Dória viaja ao Maranhão

30/11/2017

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Uma grande manifestação no centro da cidade de São Paulo nesta quinta-feira (30/11) demonstrou a reação e resistência dos setores populares ao desmonte das políticas públicas promovido pelo prefeito João Doria Jr.

O ato foi organizado pela Central dos Movimentos Populares em parceria com o Fórum da Assistência Social, Marcha Mundial das Mulheres, Levante Popular da Juventude e outras entidades.

A manifestação começou na Praça da Sé e reuniu diversos segmentos da sociedade para repudiar os cortes que a administração municipal vem fazendo em setores essenciais, causando grande impacto sobre a população mais pobre da cidade.

Cortes na saúde, fechamentos de UBSs, doação de remédios com data de vencimento próxima, demissão de profissionais da assistência social e redução de recursos para programas da área, restrições na merenda oferecida aos estudantes da rede municipal, perseguição ao povo de rua, redução da produção de unidades habitacionais e do atendimento aos movimentos de moradia e suspensão dos programas da área da cultura e de fomento às artes na periferia são alguns dos temas focados pelos manifestantes, que realizaram um ato conjunto de enfrentamento aos desmandos de Doria.

Os participantes seguiram em marcha da Praça da Sé até a sede da Prefeitura, próxima ao Viaduto do Chá, onde uma das lideranças dos movimentos de moradia, Benedito Roberto Barbosa, o Dito, foi impedido de entrar e, logo em seguida, detido e levado para a Primeira DP.

Dito pretendia protocolar um pedido de audiência como prefeito, mas foi impedido de fazê-lo. A Guarda Civil Metropolitana o barrou na entrada da prefeitura e o prendeu, encaminhando-o para a delegacia. Com a presença de advogados e o apoio de parlamentares e de diversos ativistas no Distrito de Polícia, Dito foi então liberado depois de algumas horas.

Enquanto tudo isso acontecia, João Dória encontrava-se a 3 mil quilômetros de distância. Fazia mais uma de suas viagens. Desta vez, ao Maranhão. Bem longe de Sampa, mas próximo à linha do Equador, onde não existe pecado do lado de baixo.

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