Segurança Pública
Dezenas de policiais civis e militares e servidores do Judiciário, da ativa e aposentados, lotaram o plenário da Assembleia nesta terça-feira (04/05) para acompanhar a votação do projeto de Lei Complementar 13/2010, que estabelece dois locais de exercício para a categoria e a extensão do Adicional de Local de Exercício aos policiais civis e militares, inativos e pensionistas.
A Polícia do Estado de São Paulo recebe um dos menores salários do País, denunciou o líder da Bancada do PT, Antonio Mentor, em defesa do projeto substitutivo apresentado pelo deputado Zico Prado e das 18 emendas apresentadas pelos deputados petistas.
O líder da Bancada também denunciou a submissão do Legislativo ao Palácio dos Bandeirantes devido à negociação proposta pelo presidente da Assembleia, Barros Munhoz, em relação aos servidores do Judiciário, em greve no Estado, mas interrompida e desautorizada pelo Governo.
O substitutivo ao PL 13/2010estabelece apenas um local de exercício para todos os policiais civis e militares do Estado, reajusta os valores do adicional de exercício único para a categoria, estabelece que o Adicional por Local de Exercício seja integralmente incorporado aos vencimentos dos policiais em duas parcelas de 50% (uma a partir de 01 de março de 2010 e a outra a partir de 01 de janeiro de 2011).
O presidente da Assembleia, Barros Munhoz, prometeu reunião de líderes para debater a inclusão da emenda aglutinativa, que contempla as reivindicações da categoria, e cancelou a votação do PL 13/10, sob a alegação de que há necessidade de avaliar o impacto financeiro do pagamento dos adicionais aos policiais até agora excluídos do benefício.
Até as 19h30, o plenário da Assembleia, cuja maioria dos deputados integra a base de apoio ao Governo, encaminhou para votação e virtual aprovação dois projetos que não atendem reivindicações do funcionalismo: o PL 15/10, que trata de critérios para a concessão de aposentadoria para agentes penitenciários, e o PL 16/10, que trata da incorporação da gratificação para a categoria.
As emendas apresentadas pelos deputados petistas e demais parlamentares da oposição para atender as reivindicações do setor foram rejeitadas. A Bancada do PT defende que a inclusão parcelada do Adicional na forma proposta pelo PL 15 não atende aos agentes, que reivindicam a inclusão integral e de maior valor, inclusive para os aposentados e pensionistas.
Já em relação ao PL 16/2010, a avaliação da Bancada é de que os reajustes propostos pelo governo foram repudiados pelos servidores do sistema prisional em assembleia recentemente realizada.
A Assembleia tem em pauta cinco projetos de lei que dizem respeito ao funcionalismo público estadual, apresentados pelo Executivo. A história se repete às vésperas da votação. São manobras de última hora para impedir que as reivindicações da categoria sejam atendidas, denunciou o líder da Bancada, deputado Antonio Mentor.
