Líder defende criação de mecanismos que ampliem participação da mulher na política

28/03/2011 14:58:00

Seminário do PT Estadual

 

Reforma política, agenda conjunta para garantir vitórias no Estado e a necessidade de unificar o discurso da militância foram os principais temas debatidos no sábado (26/3), no Seminário Estadual do PT-SP “Conjuntura em Debate”. Mais de 500 pessoas participaram da atividade, que reuniu parlamentares, prefeitos, militantes, lideranças políticas e dos movimentos sociais.

Durante a mesa de abertura, o líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, deputado estadual Enio Tatto, destacou a vitória petista nas últimas eleições ao eleger o maior número de parlamentares de oposição da história do Estado de São Paulo. “Fiquei muito satisfeito ao ser escolhido líder. Agora precisamos nos preparar para as eleições municipais. Farei um grande esforço para estreitar a relação da Bancada Petista Estadual com o Governo Federal. Precisamos capitalizar mais as obras e projetos do Governo Dilma em São Paulo”, ressaltou, complementando que é necessário criar mecanismos concretos que ampliem a participação da mulher na política. “Elegemos a maior bancada estadual da historia do PT de São Paulo, porém, o número de deputadas petistas eleitas caiu. Precisamos discutir claramente um espaço privilegiado para as mulheres”.

Edinho Silva, presidente do Diretório Estadual, ressaltou que o principal objetivo do debate é construir uma agenda conjunta que leve o partido a conquistar mais vitórias políticas nas eleições de 2012. “Precisamos de unidade partidária na ação política”.

O senador Eduardo Suplicy, que também esteve presente na mesa de abertura, falou sobre conjuntura nacional, estadual e municipal. Incluiu em sua fala o julgamento do líder do Movimento de Moradia do Centro, Luiz Gonzaga da Silva – o Gegê – , acusado do assassinato de uma pessoa em 2002, num acampamento em que era dirigente. “Eu serei testemunha em seu julgamento. Ele está sendo acusado injustamente”.

Também participaram da mesa de abertura a vice-prefeita de Taboão da Serra, Maria Regina; o prefeito de Osasco, Emidio Souza; e o presidente do Diretório Municipal de São Paulo, vereador Antonio Donato.

O PT de São Paulo e os Desafios da Conjuntura

Durante a segunda mesa do Seminário, com a temática “O PT de São Paulo e os Desafios da Conjuntura”, a senadora Marta Suplicy falou sobra a disputa pela Prefeitura da Capital. Ela acredita que o PSDB deve lançar José Serra. “Apesar de estar desgastado devido à derrota presidencial, Serra é o nome mais forte dentro do partido para concorrer ao cargo. Por isso, precisamos nos preparar para enfrentar essa disputa”.

A senadora também falou sobre Reforma Política e a necessidade de estabelecer cotas igualitárias para mulheres. “A proposta é que seja lista, alternando homem e mulher”. Segundo ela, apesar de ainda haver muitas polêmicas no Congresso, a Reforma deve ser aprovada neste ano. “Há muita discussão sobre o tipo de voto, por exemplo, mas já tivemos alguns consensos na Comissão de Reforma Política do Senado. Chegamos a um acordo sobre o fim da reeleição, com mandado de cinco anos para presidente, governadores e prefeitos, além de novas datas de posse – 10 de janeiro para governador e prefeito e 15 de janeiro para presidente. O voto continua sendo obrigatório”.

Edinho Silva fez uma síntese do texto de balanço eleitoral aprovado pela Executiva do PT Estadual no dia 1º deste mês. “Com muito esforço, construímos coletivamente esse texto dentro do partido. Os Diretórios Municipais tiveram acesso ao documento antes de sua aprovação e puderam, inclusive, inserir emendas”. O texto na íntegra está disponível no site www.pt-sp.org.br e na Revista Linha Direta, publicada neste mês.

Sônia Coelho, coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres, acredita que é necessário caminhar com uma política de desenvolvimento social. “O primeiro mandato de Lula foi muito bom, o segundo foi ainda melhor e o de Dilma deve superar”.

Adi dos Santos Lima, presidente da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo, ressaltou a importância de ampliar o diálogo com a população, especialmente a juventude. “A população e os movimentos também devem dizer como deve ser o processo eleitoral e não somente os partidos. Nós queremos ser coadjuvantes”.

 

 

 

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