Homicídios crescem 12% em São Paulo

12/04/2010 16:20:00

Insegurança

 

Os homicídios voltaram a crescer no primeiro trimestre deste ano na capital paulista. Foram registrados 353 assassinatos nos três primeiros meses do ano, enquanto no mesmo período do ano passado ocorreram 315 mortes. O aumento é de 12%, segundo os dados do Infocrim, sistema eletrônico de informação da Secretaria de Segurança Pública.

Em menos de três meses, é a segunda vez que o Estado registra crescimento nos números de assassinatos depois de dez anos com taxas em queda. No começo do ano, pelo balanço de 2009, o Estado registrou um leve crescimento de 3% no total de homicídios em relação a 2008. A capital, contudo, no mesmo período, teve 1.235 assassinatos, valor 2% menor do que o de 2008. Com o aumento no 1º trimestre, a capital tem 12,7 casos por 100 mil habitantes.

Polícia

Em uma tendência que vem se consolidando desde março do ano passado, os casos de resistência seguida de morte – homicídios em que a vítima morre em supostos tiroteios com a PM – voltaram a crescer nos dois primeiros meses deste ano no Estado. Em janeiro e fevereiro foram 140 ocorrências, 52% acima do verificado no mesmo período do ano passado, quando ocorreram 92 casos.

O dossiê Mapas do Extermínio: execuções extrajudiciais e mortes pela omissão do Estado de São Paulo, preparado no ano passado por entidades de direitos humanos, mostrou que entre 2000 e o terceiro trimestre de 2009 haviam sido mortos 5.414 civis em supostos confrontos com as polícias, enquanto 4.345 foram feridos.

Presídios

A superlotação nos 147 presídios do Estado de São Paulo aumentou 43,78% em três anos e três meses de governo José Serra. Em 2006, os presos em celas com ocupação maior do que a adequada somavam 40.174. Neste ano, eles já são 57.765.

Nesse período, o governo estadual construiu dois presídios e criou 3.836 vagas no sistema penitenciário do Estado, número insuficiente para absorver os 21.427 novos presos. Em outubro de 2007, o então governador José Serra prometeu que sua gestão construiria, em quatro anos, 44 presídios para abrigar 30 mil detentos.

Fonte: Jornal da Tarde e Agora São Paulo

 

 

 

 

 

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