Na prestação de contas feita aos deputados(as) estaduais que integram a Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa, o secretário da Fazenda, Hélio Tokeschi, admitiu que há anos o governo de Geraldo Alckmin não dá aumento salarial aos servidores públicos.
Professores, servidores do DER, além de outras categorias do funcionalismo do Estado amargam três anos de salários congelados.
As manobras contábeis do governo Alckmin para omitir a real situação das contas do Estado foram alvo dos questionamentos dos petistas Enio Tatto e Barba, representantes do PT na Comissão de Finanças e Orçamento.
Enio destacou a desigualdade com que a gestão do governo atende a população mais pobre e as mais ricas. Ele foi enfático: “nas prioridades políticas de Alckmin, a região mais pobre e periférica é sempre deixada de lado. Há quase 30 anos, nada muda. Por exemplo, no metrô, o fundão da zona sul foi esquecido. Na concessão da linha 5-Lilás do Metrô, há poucos dias, foram inauguradas estações em áreas da classe média, mas o Capão Redondo, o Jardim Ângela e outros foram esquecidos.
Na área de educação, na Barragem, também na zona sul da cidade, existe uma escola que pegou fogo há 5 anos e outras também passaram pelo mesmo problema. Até hoje, os prédios não foram reconstruídos. Mas eu pergunto, se fosse no centro da cidade ou em regiões mais nobres, as escolas já teriam sido reconstruídas? Isso vale para outros assuntos, como o Bom Prato, que nunca chegou no Grajaú.
Em Francisco Morato, região noroeste, a estação de trem espera reconstrução há 7 anos, lá não existe mobilidade para deficientes.”
Já na leitura de Barba um dos maiores problemas das finanças do Estado esta na evasão das indústrias. “Nos últimos quatro 10 anos cerca de 4 mil industriais saíram o Estado e, qual é a estratégia do governo Alckmin? indagou
Rebelião na Base
Os movimentos do governador Geraldo Alckmin na largada para a candidatura eleitoral 2018 já apresenta algumas alterações no tabuleiro da sua base de sustentação. Parceiro de longa data dos governos do PSDB, o deputado Edmir Chedid (DEM) causou incômodo ao questionar o secretário estadual da Fazenda, Hélcio Tokeshi, sobre quais os critérios do governo para liberação de emendas dos deputados. Chedid fez críticas aos atrasos de obras, como as do Rodoanel, apontou o calote do governo Alckmin aos municípios classificados como estâncias turísticas e ainda citou a situação crítica na área da saúde, com a demanda de 30 mil cirurgias e 50 mil consultas atrasadas na região de Atibaia, área de atuação do deputado.
Qual o valor da Sabesp ?
Questionado a respeito dos recursos e rendimentos provenientes das operações da nova holding que controlará a Sabesp, criada por um PL de Alckmin para colocar os serviços de saneamento básico no mercado internacional, o secretário alegou que não tem estimativa do quanto pode render aos cofres do Estado. Vale lembrar que, na ocasião das discussões e votação do projeto, os tucanos afirmavam que os recursos auferidos com a abertura do capital da Sabesp poderiam ampliar os investimentos em tratamento de esgoto e levar água potável à população.
