ORÇAMENTO 2018
A região de Presidente Prudente é composta de 44 municípios. Os municípios menores desta região Oeste do interior de SP recorrem a Prudente, em sua forma abreviada, para tratamento de saúde, comércio, trabalho e outros. Se olharmos para os investimentos do Governo do Estado nos anos anteriores a 2017, veremos que os investimentos oscilam, dificultando que a cidade faça projeções precisas.
Imagine gerir uma cidade sem saber dos recursos que você terá para aplicar em cada setor. A cidade de Presidente Prudente, e outras do Oeste paulista, passam por esta situação. Em alguns anos, o Governo do Estado realiza investimentos de R$200 milhões, em média, em Prudente. Em outros, o orçamento cai pela metade. Economistas falariam de investimentos sazonais. E qual seria tradução do termo, na prática? Desplanejamento.
O deputado estadual Enio Tatto, representando o conjunto dos deputados do PT na Alesp, esteve na audiência de Presidente Prudente na noite de segunda-feira (18). Enio voltou a expressar a posição da Bancada na defesa pelo orçamento regionalizado a fim de conhecer e atender mais demandas locais.
EVOLUÇÃO DOS INVESTIMENTOS DO GOV. DO ESTADO 2010 A 2017
2010 R$ 194.546.067,03
2011 R$ 82.639.075,81
2012 R$ 207.750.151,96
2013 R$ 248.690.755,76
2014 R$ 166.358.679,00
2015 R$ 77.472.081,54
2016 R$ 202.531.150,90
2017 R$ 70.811.797,30
ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA INVESTIMENTO EM PRUDENTE
Participaram da Audiência do Orçamento 93 pessoas. Destas, 84 votaram as prioridades de investimento na região. Saúde, como muito se tem visto nas cidades do interior paulista, ficou no topo do ranking; 48 pessoas votantes, ou 18%, acreditam que a área deve ser foco dos investimentos do Governo do Estado no orçamento 2018.
Em segundo lugar ficou Educação, prioridade para 42 votantes, ou 16% deles.
Em terceiro vem Segurança, prioridade para 31 votantes, ou 12% deles.
OUTRAS QUEIXA E DEMANDAS DE PRUDENTE E REGIÃO
– Defesa de um Iamspe forte; 50 mil servidores estaduais precisam se descocar quase 600 quilômetros para tratamentos de saúde;
– Ailton César, prefeito de Teodoro Sampaio, disse que prefeitos do Oeste sentem a dificuldade da crise, mas que há necessidade de agilizarmos liberação de recursos. Saúde não pode esperar. Município é forçado a investir. Difícil acompanhar liberação dos recursos.
– Um tenente da PM conseguiu transformar demanda de dois quartéis em realidade por meio de reinvindicações por Audiência Pública do Orçamento do Estado. E agora pediu mais um, desta vez em Miranda do Paranapanema, onde prefeito está trabalhando para regularização do terreno. Defendeu a construção de um quartel no município. Prefeitura paga aluguel há 30 anos. Disse que pode ser um quartel enxuto, prático e bom.
– Trazer para Prudente transplantes de medula;
– Maria Inês, da Apampesp. Representante da fundadora Zilda Guerra, falou de reajuste salarial para professores, que não existe desde 2014. Professor não pode ter vida digna e honrar seus compromissos assim. Alckmin não respeita data base, 1º de março. Ressalva decreto abono. Não vamos aceitar de coração porque não respeita professores da rede pública e nem professor aposentado. Ele escolheu uma faixa que não contempla todas faixas de educação básica nem PEB 2. Não ganho piso nacional na lei 836/97.
Defendeu também contribuição de 2% ao Iamspe. Precatório a professores aposentados. Permanência magistério aposentados na linha de manutenção. É um descumprimento da Constituição Federal. Temos direito à paridade. Temos que lutar ferrenhamente para nos mantermos dentro da verba da Educação, finalizou a professora em representação da categoria.
– Cidadão prudentino disse que Secretaria de Estado da Saúde é perita em descumprir decisões judiciais. Ele tem uma mãe de 94 anos, com Alzheimer. É questão de Saúde pública. A fila do AME vai dar a volta no planeta. Que parte do Orçamento seja reservado para cumprimento de decisões judiciais
– Leitos e UTI em Prudente. Paciente de Prudente tem que pedir vaga para Estado para ser tratado em Prudente. Pediu seis ambulâncias, uma obrigação do Estado. Aumento medicações AME e DRS. Mais dispensa de medicação. 56 municípios que buscam remédios aqui, disse.
– Wilian, da Apeoesp, falou de 35 mil professores demitidos. Citou professores fazendo vaquinha para comprar impressora para escolas do Estado. Ele diz que professores e escolas estão em maus bocados. Observa que quartel a cidade conseguiu, dois, inclusive. Aumento os professores não conseguem.
-Paulo Roberto, do Sindsaude, e também vice-presidente do Iamspe, disse que Governo do Estado entulha serviço Público. Precisamos que legisladores façam cumprir. Precisamos mais verba da saúde. Criticou a demora para marcação de exames pelo Iamspe.
