Irregularidades dos tucanos
Nesta terça-feira,10/6 o Plenário da Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou requerimento do deputado Enio Tatto com o objetivo de compor uma comissão de parlamentares para acompanharem uma Audiência Pública sobre o escândalo da Alstom, em Brasília convocada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados que será realizada em 18/6, às 14h30.
Os deputados componentes da comissão que irão à Brasília são Antonio Mentor, José Zico Prado, Enio Tatto, Roberto Felício, Rui Falcão e Donisete Braga, todos do PT. Além dos deputados Raul Marcelo do PSOL e Major Olímpio do PV.
A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio é presidida pelo deputado Federal
Em Brasília dez deputados votaram a favor da audiência, a maior parte integrante da base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto, aqui
Os deputados petistas da Assembléia paulista justificam sua ida ao Congresso como meio de enfrentar a truculência tucana no Legislativo. Segundo Enio Tatto, a necessidade da ida à Brasília é uma conseqüência da inércia da Assembléia Legislativa de São Paulo. Para o petista os deputados não cumprem a prerrogativa constitucional do Legislativo de fiscalizar o Executivo. Contratos escandalosos com aditamentos de décadas como é o esquema da Mafersa/Alstom não podem passar em branco, declarou Tatto. Para o deputado há uma sangria do dinheiro público no Estado de São Paulo.
Entenda o caso Alstom
. O jornal “Valor Econômico” notícia em 6/5, reportagem do jornal americano “Wall Street Journal” sobre os documentos em posse dos ministérios públicos da França e da Suíça, segundo os quais a multinacional francesa Alstom teria pagado propina para políticos do governo paulista, inclusive US$ 6,8 milhões para conseguir um contrato de US$ 45 milhões com o Metrô,
Investigação no Brasil
. A Bancada do PT na Assembléia Legislativa solicita à superintendência da Polícia Federal,
. O Ministério Público Estadual de São Paulo diz que vai apurar contratos da multinacional com seis empresas ligadas ao governo de SP: Metrô, CPTM, Cesp, Eletropaulo, Sabesp e CTEEP
. O Ministério Público Federal, também, anuncia que vai apurar se a filial brasileira da Alstom cometeu os crimes de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas
Bancada petista apresenta dados
. Em 15/5, a Bancada petista apresenta dados que mostram que a empresa firmou 139 contratos com o governo estadual, no período de
. A Bancada verificou, também, que há pelo menos seis contratos julgados irregulares pelo TCE, que totalizam R$ 1,3 bilhão. São eles: Metrô (R$ 180,7 milhões); CPTM (R$ 1,1 bilhão); e CESP (R$ 21,3 milhões).
