Mais uma vez
Na semana passada as deliberações de votação dos requerimentos das oitivas e solicitação de documentos não ocorreram por conta da manobra da base governista que pretendia encaminhar as atividades da CPI sem considerar as regras regimentais, que norteiam os trabalhos do processo de investigação parlamentar.
Já na reunião desta terça-feira (13/4), os trabalhos foram novamente postergados pela ação dos deputados do PSDB que logo no início da sessão obstruíram os requerimentos do PT de convocação do promotor Carlos Blat e do ex-presidente da Bancoop, João Vaccari.
Os deputados do PT, Vanderlei Siraque e Vicente Cândido, argumentaram sobre a necessidade da presença do promotor Carlos Blat, para informar aos parlamentares sobre a denúncia de irregularidades constatadas e a seguir arguir João Vaccari para que a CPI alcançe seu objetivo de esclarecer as supostas irregularidades.
Em todos os procedimentos investigativos ouve-se primeiro a acusação e depois o acusado. Como o promotor Blat já deu informações a vários veículos de comunicação ele deve informar aos deputados os dados apurados, pontuou Siraque.
O deputado Bruno Covas, relator da CPI, foi irredutível e não cedeu aos apelos dos petistas para a composição de um acordo que aprovasse todos os 14 requerimentos, deliberasse um cronograma de trabalho e definisse as datas para a convocação dos envolvidos na questão.
Como não houve flexibilização do deputado governista, os petistas decidiram pelo pedido de vistas de todos os requerimentos, que na prática impede que os documentos sejam deliberados.
O deputado Vanderlei Siraque ressaltou que a CPI tem um papel investigativo e de busca da verdade. A Bancada do PT não permitirá o uso político da CPI, nós temos o interesse em ouvir as partes envolvidas e esclarecer denúncias de irregularidades, destacou Siraque.
Diante da falta de avanço dos trabalhos, o presidente da CPI, deputado Samuel Moreira, convocou uma sessão extraordinária, com a mesma pauta, para a próxima sexta-feira (16/4), às 12 horas.