Déficit de piscinões
O volume de chuva na Grande São Paulo diminuiu, depois de meses de enchentes e transbordamentos de rios e córregos. Mas, um problema permanece: a falta de piscinões para retenção da água e o descaso com a limpeza destes reservatórios.
Reportagem publicada no dia 16 de abril no Diário do Grande ABC aponta que a região precisa de, pelo menos, dez novos piscinões. O Diagnóstico da Gestão Tucana em São Paulo, publicado em fevereiro pela Bancada do PT, revela que José Serra entregou durante o seu mandato apenas 43 dos 134 reservatórios prometidos para o Estado.
No caso das sete cidades do Grande ABC, a solução para as enchentes depende da drenagem de cerca de 3,5 milhões de metros cúbicos de água durante o pico de chuvas. O Departamento de Águas e Energia Elétrica, o DAEE, informou ao Diário do Grande ABC que já foram identificadas 56 áreas que poderiam receber os novos reservatórios.
A morosidade na solução do problema pode ser atestada através do próprio Plano de Macrodrenagem da Bacia do Tamanduateí, cujo projeto original de 1998 previa a instalação de 46 reservatórios no Grande ABC. Atualmente, a região tem apenas 17 piscinões em funcionamento.
A limpeza e manutenção dos reservatórios também é outro problema. Segundo o Diagnóstico da Bancada, o Estado remeteu para as Prefeituras, que já haviam cedido os terrenos para a construção dos piscinões, a limpeza e a obrigação de efetuar a limpeza e a manutenção, indispensáveis para garantir a capacidade de retenção.
Como nem sempre as Prefeituras têm verbas para efetuar a limpeza periódica, os piscinões não são utilizados em toda a sua capacidade, o que favorece as enchentes, independente do volume de chuvas.
Segundo o Diário do Grande ABC, o governo do Estado assinou contrato avaliado em R$ 9,8 milhões para a execução dos serviços de manutenção dos reservatórios dos sete municípios. O mesmo valor deve ser pago pelas prefeituras da região, que, por sua vez, pretendem dividir a conta com a Capital..
