Desperdício
O ex-chefe de gabinete de José Serra no Ministério da Saúde, Otávio Mercadante, que ocupa a diretoria técnica do Butantã desde 2003, revelou durante a visita de deputados petistas ao Instituto que desconhece os motivos de a fábrica de vacinas não funcionar.
Reportagem da jornalista Conceição Lemes no site Vi o Mundo revela que o prejuízo deste atraso na produção aos cofres públicos é de R$ 300 milhões, considerando que a fábrica de vacinas contra gripe deveria estar funcionando desde 2008 e possibilitaria uma economia de R$ 100 nos três últimos anos..
O dinheiro que poderia ser investido em outras ações da Secretaria da Saúde é utilizado na compra da vacina pronta do Laboratório Sanofi Pasteur. Otávio Mercadante garantiu ao líder da Bancada do PT, Antonio Mentor, e ao presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, Fausto Figueira, que a fábrica entrará em operação ainda em 2010.
A polêmica sobre a produção de vacinas no Instituto cresceu devido à publicidade oficial, desde a inauguração da fábrica em 2007. Além disso, depois do incêndio que destruiu o acervo do Instituto em maio, provocando indignação na comunidade científica, o ex-presidente do Butantã, professor Isaias Raw, declarou que o acervo é uma bobagem medieval. A função do Butantã é fazer a vacina para as crianças..
No ano passado, os responsáveis pelo Instituto, inclusive o próprio Otávio Mercadante, declararam que São Paulo iria produzir a vacina contra a gripe suína, embora não houvesse produção sequer da vacina contra a gripe comum.
A não revelação da situação real seria devido a receio de que o caso pudesse respingar no então governador José Serra, já que o Butantã é órgão do governo do Estado de São Paulo?, questiona a reportagem do site Vi o Mundo.
