Início do ano letivo
Mesmo tendo adiado o início do ano letivo na rede estadual, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não permitiu a retomada das aulas em inúmeras escolas da capital. As denúncias não param de chegar.
A comunidade escolar – professores, pais e alunos – da EE Ayres Neto, localizada em Pedreira, na zona sul da capital, realizou protestos nesta terça-feira nos diversos turnos contra a ocupação da quadra e laboratórios da escola por galpões de madeira, que seriam utilizados como salas de aulas para alunos de 1ª a 4 ª séries que estão sem escola.
Os estudantes da EE Ayres Neto foram dispensados por falta de espaço e de carteiras e, ontem, professores impediram a entrada de tratores que iriam preparar parte do prédio para a instalação improvisada das salas de madeira.
Segundo informações de professores da região, a Diretoria de Ensino Sul 1 está realizando obras simultâneas nesta retomada do ano escolar na EE Luiza Marcelina e EE Francisco Mourão, ambas na região de Santo Amaro, e, para reformar este última, a Secretaria da Educação remanejou alunos, sem consultar pais e professores, e decidiu derrubar quadras de esporte, laboratórios e utilizar o pátio e até o espaço destinado à cantina para a instalação de salas de aula provisórias.
A Folha de S. Paulo desta terça-feira informa que o governo de São Paulo vai alojar 504 alunos em seis salas de aula improvisadas – feitas com madeirite (folhas de madeira usadas para cercar obras), telhas de brasilite, porém sem lousas – na quadra de esportes da Escola Estadual Professora Eulália Silva, no Jardim Ângela..
No primeiro dia de aula, nem as salas de madeirite estavam prontas. Operários ainda pintavam paredes e fixavam as telhas de brasilite em meio ao mobiliário escolar empilhado. As aulas de educação física na Eulália Silva terão que ser ministradas em um pátio interno da escola.
Do outro lado da cidade, professores e alunos da EE Joaquim Eugênio de Lima Neto, localizada na zona leste, tiveram que optar entre fazer rodízio de salas ou suspender as aulas logo no primeiro dia útil do calendário escolar de 2009. É que o telhado da escola ameaçava cair. As aulas foram suspensas para a reforma do telhado.
