Saúde
A Bancada do PT na Assembleia reuniu-se nesta quinta-feira com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que vai participar ainda hoje do Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado. O fortalecimento do SUS, ameaçado em São Paulo pela privatização, foi o principal tema do encontro, que reuniu também prefeitos da Grande São Paulo e do interior.
Um SUS forte representa a capacidade de atender adequadamente milhões de pessoas, explicou o ministro, ao detalhar a principal característica do modelo, a universalidade, que garante atende médico gratuito a todos os cidadãos.
O ministro destacou outras prioridades de sua gestão, todas vinculadas ao SUS, como a Rede Cegonha, que é um programa de atendimento para mulheres e crianças antes, durante e depois do parto, e também o Saúde da Família, que garante recursos para os municípios.
O investimento no atendimento integral à saúde da mulher é um dos alvos da gestão de Padilha à frente do Ministério. O programa para o aperfeiçoamento da oferta de exames de prevenção e diagnóstico de cânceres de mama e de colo de útero recebeu recentemente investimentos de R$ 4, 5 bilhões.
Outros números do SUS apresentados pelo ministro durante a reunião com a Bancada do PT também impressionam: 100 milhões de pessoas já foram atendidas pelo Programa Saúde da Família. O Sistema Único de Saúde realiza em média 21 mil transplantes por ano.
O líder da Bancada do PT na Assembleia, deputado Enio Tatto, lamentou que São Paulo continue sendo um dos poucos Estados descolados dos padrões federais do SUS.
Há uma apropriação privada dos equipamentos de saúde no Estado e não há incentivo a programas como o Samu, denunciou o deputado Enio Tatto, referindo-se ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, que atende o paciente em qualquer local do País mas em São Paulo, não recebe investimentos do governo do PSDB.
Sobre Padilha
Médico infectologista formado pela Unicamp, com especialização pela USP, o ministro da saúde Alexandre Padilha coordenou o Núcleo de Extensão em Medicina Tropical do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP entre os anos de 2000 e 2004.
Ainda em 2004, assumiu o cargo de diretor Nacional de Saúde Indígena da Funasa, órgão ligado ao Ministério da Saúde. Em setembro de 2009, foi nomeado ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.
