Aumento do contingente, recursos e ação integrada pautaram o debate

30/08/2011 19:39:00

Falta de bombeiros

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No Estado de São Paulo, dos 645 municípios 503 não contam com a presença de bombeiros. Esta situação foi pauta do debate entre parlamentares, prefeitos, vereadores, estudiosos, bombeiros militares e civis, em busca de soluções para enfrentar a questão. O encontro ocorreu nesta terça-feira (30/8), na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Promovida pelos deputados petistas Ana Perugini, Donisete Braga e José Candido a audiência pública trouxe à baila o déficit de profissionais e a necessidade de mais recursos para atender a sociedade e também efetuar o trabalho preventivo.

Segundo o tenente coronel da reserva do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar paulista, Paulo Chaves de Araújo, São Paulo está muito aquém do número de bombeiros por habitante preconizado pela ONU, que apregoa a relação de um bombeiro para cada mil habitantes, enquanto em São Paulo hoje a relação é de um bombeiro para cada 4.088 habitantes.

A necessidade de ação integrada entre os bombeiros da federação e de unificação dos procedimentos foi um dos principais pontos defendidos por José Carlos Tomina, coordenador do Projeto Brasil Sem Chamas e superintendente do Comitê brasileiro de Segurança Contra Incêndio.

Para Tomina, as estatísticas disponíveis estão subestimadas e é preciso ampliar a fiscalização das edificações e construções, no trabalho preventivo com vista a reduzirem o número de vítimas fatais.

Regulamentação dos Bombeiros

Ainda na pauta da qualificação e formação dos profissionais, o presidente da Associação Estadual dos Bombeiros Municipais, Laercio Sant’ Jr, citou que em cinco municípios da região de Campinas sediam bombeiros municipais e defendeu a unificação das ações dos bombeiros municipais, civis e militar. 

“Nosso trabalho é de dar os primeiros socorros e atendimentos e continuarmos a trabalhar em parceria com o Corpo de Bombeiros do Estado.”

Quanto ao treinamento e qualificação dos bombeiros civis o capitão bombeiro  Anderson Rodrigues, que afirmou que quando há convênio entre a prefeitura e o governo do Estado o treinamento dos bombeiros municipais é dado pela corporação e segue todos os requisitos da formação de um bombeiro militar, mas que não há controle quanto aos cursos que formam bombeiros civis. Outra preocupação é quanto a semelhança do uniforme dos bombeiros que não são militares com os da Polícia Militar, pois isto pode confundir a população e criar embaraços para a corporação no caso de mau atendimento por parte de bombeiros não habilitados.

José Candido e Donisete Braga se colocaram à disposição dos municípios, das entidades dos bombeiros civis e municipais e da Polícia Militar para fazerem gestões junto aos Poderes constituídos com o objetivo de melhorar o atendimento da população e aprimorar técnica, material e financeiramente o Corpo de Bombeiros do Estado.

 

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