O Governador Serra visitou recentemente o Estado de Alagoas para firmar convênio de cooperação com a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), tendo por objetivo reduzir as perdas de água da empresa que atingem 50% do que é produzido.

A Sabesp investirá R$ 25 milhões em um contrato de risco, de cinco anos, com a meta de reduzir em 15% aquelas perdas. A remuneração da empresa corresponderá aos ganhos com a água que deixara de ser desperdiçada.

A Companhia mantêm contratos de cooperação com 5 empresas de outros Estados e negocia com outros cinco. A Lei Complementar nº 1025 de 2007, que criou a ARSESP, permite que a Sabesp atue em outros Estados e Países, porém coloca a seguinte condição: “Assegurada, em caráter preferencial, a operação adequada e eficiente dos serviços no Estado de São Paulo”.

Portanto, o fato de a Sabesp prestar serviços em outro Estado teria respaldo legal se a sua performance fosse satisfatória em São Paulo, o que não ocorre. Segundo informações fornecidas pela própria empresa ao Sistema Nacional de Informações – SNIS, da Secretaria Nacional de Saneamento do Governo Federal, divulgado em 2009 com dados de 2007, seu índice de perdas na rede de distribuição chega a 38,1% e a 467,7 litros/dia em cada ligação.

Além disso, os baixos índices de coleta e tratamento de esgotos, sobretudo na Região Metropolitana de São Paulo – RMSP, fazem com que os rios e córregos recebam diariamente grandes quantidades de esgotos in natura. 

Destaque-se ainda que a maioria dos contratos  foram firmados com empresas de governos tucanos ou de opositores do presidente Lula, deixando claro que essa é mais uma iniciativa eleitoreira de Serra que não consegue resolver os problemas de São Paulo, mas se propõe a “ajudar” outros governadores.