Causou espanto e constrangimento, visíveis nas várias manifestações da grande imprensa sobre o resultado das avaliações realizadas por organismos internacionais como o Times Higher Education (Reino Unido), e a classificação do Brasil no ranking de qualidade do ensino superior no mundo.
Foram pesquisados 131 países, incluindo o Brasil. Universidades americanas, britânicas, japonesas e canadenses ocuparam os 20 primeiros lugares. A Índia, com todas as suas contradições, chega ao 91º lugar. E o Brasil com os avanços que vem obtendo em seu desenvolvimento só conseguiu o 232º lugar com a nossa famosa universidade, a USP.
No entanto, a avaliação de um instituto da Espanha (Scimago) coloca a USP no 19º lugar com muitas produções. Mas é bem verdade, também, que a USP vem sendo questionada, seja em razão dos critérios dos investimentos de seus de recursos, na gestão autoritária de seus dirigentes, dificuldade de acesso e dos inúmeros problemas que vem apresentando.
Protagonista de uma série de conflitos internos graves na última década, a Universidade de São Paulo tem sofrido rejeição por parte de alunos que passaram no vestibular e decidiram optar por outras faculdades. Embora esse contingente esteja inflado por alunos do ensino médio, adeptos do “treino vestibular”, o percentual real dos aprovados e não matriculados somam 16,35% um número bastante expressivo em se tratando daquela que usufrui do status de ser a melhor Universidade brasileira pública e gratuita.
Por outro lado, as principais críticas feitas à gestão do atual Reitor Rodas, há mais de um ano à frente da instituição, dizem respeito ao gasto de R$ 60 milhões em reforma do campus e as demissões do quadro de docentes. Além disso, a manutenção da política coercitiva com o processo de expulsão de alunos que ocuparam a reitoria em 2007, o reajuste diferenciado de professores e funcionários e, nos últimos tempos, a tentativa de redução de cursos e fechamento do curso de obstetrícia, da USP Leste.
Atualmente, as Universidades têm sido aquinhoadas da ampliação de seus recursos. Embora tenha ocorrido aumento de arrecadação de impostos de 9,57% do ICMs quota parte do Estado, a antiga reivindicação da elevação do índice tenha sido ignorada, assim como a definição de prioridades em conjunto com todos os segmentos da USP. No enfrentamento desse debate o reitor lançou mão da velha tática dos conservadores, procura desqualificar os dirigentes dos movimentos. “São os mesmos dirigentes desde a década de 60”, afirmou em entrevista ao Jornal O Estado de S. Paulo.
Audiência Pública com o Ministro da educação Fernando Haddad
Realizada em 13/4 na Alesp, a Audiência Pública com o ministro da Educação Fernando Haddad superlotou o Auditório Paulo Kobayashi, teve caráter suprapartidário e no inverso do governo tucano tem ampliado investimentos e valorização dos profissionais da educação.
A abertura contou com a presença do deputado Celso Giglio, presidente interino da Assembléia, representando o deputado Barros Munhoz e de deputados do PDT, PC do B, PR, PSDB, PSOL, PTB, e de toda a Bancada do PT.
Entidades sindicais do ensino básico e do ensino superior, entidades estudantis, ongs relacionadas com educação, prefeitos(as) e secretários(as) de educação de diversos municípios tiveram a oportunidade de ouvir a explanação do Ministro sobre as realizações do governo federal. Ficou muito claro o investimento em Educação que houve nestes oito anos de governo Lula. Do orçamento do Ministério de 29 bilhões em 2002 para 70 bilhões em 2011 à ampliação das matriculas em educação profissional e tecnológica, de 565 mil para 1,1 milhão em 2010.
Dos cursos de formação para professores (as) ao piso nacional do magistério, as realizações no campo da educação ultrapassaram o que foi feito em vários governos anteriores e mais do que isso, comprometidas com o objetivo de conquistar, cada vez mais, a qualidade social na educação. Realizações reconhecidas e aplaudidas como demonstraram as manifestações das entidades que falaram e no aplauso que a o conjunto do plenário dedicou ao Ministro Fernando Haddad.
A audiência pública cumpriu com sua natureza e finalidade ao aproximar os governantes da população, informando e debatendo as questões mais importantes de interesse não só dos profissionais da educação como de toda a população.
Assessoria de Educação
Bancada do PT
