BASE DE TARCÍSIO APROVA EXTINÇÃO DA FUNDAÇÃO PARA O REMÉDIO POPULAR – FURP
BASE DE TARCÍSIO APROVA EXTINÇÃO DA FUNDAÇÃO PARA O REMÉDIO POPULAR – FURP

O governador Tarcísio de Freitas escreve mais um capítulo do desmonte do patrimônio e dos serviços públicos do Estado de São Paulo. Depois da entregar a Sabesp, a Emae e a EMTU, a base governista na Assembleia Legislativa de São Paulo acaba de aprovar a extinção de mais uma importante empresa pública do povo paulista. O plenário da casa aprovou na noite desta terça-feira, 11/11, o PLC 49/2025, que acaba com a Fundação para o Remédio Popular “Chopin Tavares de Lima” – FURP.

A bancada da Federação PT/PCdoB/PV trabalhou nas últimas semanas para impedir a votação do projeto, desconstruindo os argumentos do governo, que procurou justificar a medida como necessária para o equilíbrio das contas públicas. A FURP, empresa constituída no Estado de São Paulo deste 1968, desempenha há décadas papel essencial na saúde da população, garantindo a produção e distribuição gratuita de remédios para o SUS. Ela fornece medicamento para 550 municípios paulistas, além de prover remédios a preços mais baixos para outros estados brasileiros. Entretanto, em apenas duas páginas, o governador dá fim a esse patrimônio do povo paulista.

Embora derrotada, a bancada de oposição conseguiu aprovar duas subemendas relevantes, que foram construídas em audiências públicas. Uma delas suprime o artigo 4º, que autorizava o governo a vender imóveis pertencentes à FURP ou cujo uso tenha sido outorgado a ela. Outra subemenda busca facilitar a contratação dos funcionários da FURP pelo Instituto Butantan. A FURP tem atualmente em seus quadros cerca de 500 funcionários, que poderão ser incorporados pela Secretaria da Saúde para atuar no Instituto Butantan.

A Fundação para o Remédio Popular “Chopin Tavares de Lima” – FURP entrou oficialmente em atividade no dia 9 de março de 1974, na rua Paula Souza, no centro de São Paulo. Atualmente, possui duas unidades fabris, uma em Guarulhos (Grande São Paulo) e outra na cidade de Américo Brasiliense (SP).

As fábricas constituem laboratório farmacêutico oficial do Governo do Estado de São Paulo e ocupam posição estratégica nas políticas públicas de saúde, dedicando-se ao desenvolvimento, produção, distribuição e dispensação de produtos para melhoria da qualidade de vida da população. Os medicamentos produzidos por ela são distribuídos para prefeituras, consórcio de municípios, secretarias de saúde municipais e estaduais, santas casas, hospitais, sindicatos e entidades filantrópicas.

A medida adotada pelo governador Tarcísio de Freitas beneficiará os grandes laboratórios privados, muitos deles multinacionais, que agora poderão dominar o mercado e administrar livremente os preços dos medicamentos, segundo seus próprios interesses e objetivos de majoração dos lucros.

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