O presidente da Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputado Paulo Fiorilo, recebeu, nesta segunda-feira, 23/6, o cônsul-geral de Cuba, Benigno Pérez Fernández, e a cônsul para assuntos comerciais, Loretta Blanco Martín, na primeira reunião do Grupo de Amizade Brasil e Cuba.

O encontro contou com a participação da deputada Beth Sahão e dos deputados Maurici, Luiz Fernando, Simão Pedro, Eduardo Suplicy e Luiz Claudio Marcolino.

O Grupo de Amizade Brasil e Cuba foi constituído com base na Resolução 945/2024 que prevê a criação de grupos de amizade entre nações, no âmbito da Comissão de Relações Internacionais, com o objetivo de fomentar a cooperação parlamentar internacional e incentivar o aprofundamento das relações comerciais entre o Estado e os países.

De acordo com Benigno Pérez Fernandez, a iniciativa é muito importante para estreitar as relações entre cubanos e paulistas. “Esse grupo faz todo sentido no quesito cultural, acadêmico e econômico. Estamos trabalhando para que o turismo do Brasil a Cuba cresça. Esse passo é muito importante para a união dos povos”, afirmou o cônsul-geral.

Durante a reunião foram propostas ações no sentido da promoção do debate, entre vereadores, deputados estaduais e federais, sobre os problemas atuais vividos por Cuba e a necessidade de atuação contrária aos embargos impostos pelo governo dos Estados Unidos da América, bem como à retirada do país da lista norte-americana de países que não cooperam plenamente com o combate ao terrorismo.

A proposta também busca aproximar o governo cubano de instituições sociais como sindicatos, escolas e universidades brasileiras, visando fortalecer a cooperação técnica e cultural entre os países.

Paulo Fiorilo afirmou que o trabalho do grupo de amizade vai permitir que muita gente não que não conhece Cuba venha a conhecê-la e, ainda, possibilitar relações econômicas do país com o Estado de São Paulo. “O cônsul trouxe a informação de que teremos a vinda do balé cubano. Existe também a possibilidade de termos um restaurante cubano em São Paulo. Essas são ações que vão fazer com que as pessoas se envolvam nesse universo”, considerou o deputado.

A reunião também tratou da exibição, no legislativo paulista, de filmes que abordem a política, a sociedade e o desenvolvimento econômico de Cuba; da organização de missões a Cuba para estreitamento de laços; da criação de espaços de discussão; da promoção de visitas do cônsul a cidades do interior que tenham interesse no debate sobre o fim do embargo e outros temas.

Para Beth Sahão, os institutos federais nas cidades do interior são espaços onde se pode levar o debate para uma juventude que começar a pensar sobre Cuba. “O que está sendo feito ao longo desses anos todos, qual o resultado do embargo imposto aos cubanos?”, perguntou a deputada.