A manutenção do direito dos bancários aposentados do Banco Itaú ao plano de saúde foi o tema da audiência pública promovida pelo deputado Luiz Claudio Marcolino em 23/6, na Assembleia Legislativa de São Paulo. O deputado destacou que o banco tem elevado índice de lucro e nos últimos períodos tem resistido em manter a contribuição para compor a manutenção do plano de saúde dos bancários aposentados.
Relatos de lideranças apontaram reajuste de até 20% das mensalidades, o que torna inacessível o acesso ao plano de saúde após decisão da Fundação Saúde do Itaú, o banco extinguiu a contribuição aos planos dos aposentados, forçando antigos funcionários migrarem para planos mais caros. De acordo com o deputado Marcolino, há muitos anos o banco cumpriu o compromisso e subsidiou o plano de saúde para seus trabalhadores ativos e aposentados. “ Agora o banco não quer subsidiar e nega o acordo e contrato assinado em vigência há anos”, ressaltou. De acordo com a representante da Comissão dos Aposentados do Itaú/Unibanco, a aposentada Natali Matta de Souza, são exorbitantes os novos valores do plano. “Trouxemos essa empresa até o patamar em que ela está hoje, são décadas de trabalho. Depois de contribuir por uma vida inteira, estamos pagando 10 vezes mais do que a gente pagava na ativa.”
Resistência e mobilização
Dentre as propostas apresentadas, foram elencadas: mobilização política em Brasília, solicitação de auditoria na Fundação Itaú Saúde, articulação com atos, audiências públicas nas Assembleias Legislativas de diversos estados, passeatas, denúncias ao Ministério Público, entre outras medidas para que o banco cumpra sua parte e respeite os aposentados.
