JUSTIÇA DECRETA PRISÃO DE QUATRO ENVOLVIDOS NO ATENTADO AO ASSENTAMENTO DE TREMEMBÉ
JUSTIÇA DECRETA PRISÃO DE QUATRO ENVOLVIDOS NO ATENTADO AO ASSENTAMENTO DE TREMEMBÉ

O Ministério Público de São Paulo denunciou, na terça-feira, 11/3, quatro pessoas envolvidas com o atentado ocorrido em 10 de janeiro, no assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no município de Tremembé, na região do Vale do Paraíba.

O atentado aos trabalhadores do Assentamento Olga Benário, regularizado desde 2005, resultou na morte de dois assentados:  Valdir do Nascimento de Jesus, o Valdirzão, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos. Outras seis pessoas ficaram feridas.

Na avaliação dos promotores, os crimes foram praticados por motivo torpe, propiciando perigo comum e mediante a utilização de recurso que dificultou a defesa das vítimas.

A investigação apontou que um dos autores havia ocupado um lote no assentamento de forma irregular, sendo que na ocasião foi avisado de que não poderia permanecer ali.

O invasor da área do assentamento reagiu com ameaças às vítimas e promessas de que retornaria mais tarde para tratar da questão. De acordo com as investigações, um dos autores do atentado arregimentou familiares, amigos e conhecidos, que foram ao assentamento, tarde da noite, e praticaram os crimes.

Bancada do PT pediu apuração pelo MP

Um mês após os assassinatos dos assentados, os deputados Paulo Fiorilo, líder da bancada da Federação PT/PCdoB/PV, e Simão Pedro e representantes do MST estiveram reunidos com o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira, quando requerem segurança aos assentamentos do Estado, a apuração da motivação do atentado e a identificação de todos envolvidos, autores e mandantes.

A criação de uma política de prevenção que envolva as polícias do estado, a Polícia Federal, o Ministério Público Estadual, representantes da Assembleia Legislativa de São Paulo e do MST foi uma das propostas apresentadas pelos deputados petistas ao procurador-geral de Justiça, como meio de criar mecanismos que evitem novos ataques em Tremembé e nos 270 assentamentos em São Paulo.

Na avaliação do PT, é necessário que as autoridades prossigam com as investigações e a identificação dos 10 agressores que invadiram o assentamento, buscando o esclarecimento do caso e a punição de todos os envolvidos.

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