Os membros da CPI das Empresas de Telecomunicações ouviram nesta quarta-feira, 28/8, o diretor executivo de relações institucionais da Vivo S/A, Thiago Carvalho, sobre as ações adotadas pela empresa para solucionar os problemas relacionados aos serviços oferecidos aos usuários. O representante da operadora substituiu o diretor presidente – CEO da Vivo S/A, Christian Mauad Gebara, que não compareceu à CPI alegando conflito de agenda.
Instalada no início de agosto, a CPI investiga os serviços prestados por empresas de telecomunicações no estado de São Paulo, em especial a oferta de telefonia fixa e móvel, de Internet banda larga e televisão por assinatura.
O deputado Luiz Claudio Marcolino pediu ao diretor o detalhamento do quadro de funcionários contratados diretamente pela Vivo, qual a situação dos trabalhadores que fazem atendimento aos clientes nas diversas lojas e quantos são os operadores de serviços que fazem o trabalho de campo.
Segundo o diretor, a Vivo tem 35 mil funcionários em todo o país. São 17 mil no estado de São Paulo, sendo que destes 1.330 trabalham em lojas. Outros 68 mil trabalhadores são contratados por empresas terceirizadas, que prestam vários tipos de serviços, incluindo operações de campo e call center. No Estado de São Paulo, existem 367 lojas, entre as próprias e as de terceiros credenciados.

Marcolino também perguntou a representante da Vivo quais são as principais fraudes que acontecem por meio de linhas telefônicas vinculadas à empresa e quais as medidas que estão sendo adotadas para inibi-las.
O diretor de relações institucionais da companhia disse que a transversalidade da estrutura de telecomunicações faz com que esta seja meio para todas as comunicações que acontecem, inclusive de criminosos que fazem uso desse meio para aplicar golpes, como as fraudes telefônicas.
Thiago Machado disse que as operadoras estão testando um método de autenticação de números telefônicos que permita a identificação e confirmação das ligações de bancos para os clientes. Conforme Machado, através da sinalização dos números dos usuários, poderão ser distinguidas as ligações de bancos e de outras empresas das chamadas realizadas por golpistas.
O diretor da Vivo falou também da cooperação entre as operadoras e o Ministério da Justiça, no âmbito do programa Celular Seguro, que permite, em casos de furto ou perda do telefone celular, o bloqueio do aparelho por meio de contato de emergência, previamente cadastrado.
Os integrantes da CPI também deliberaram sobre os itens da pauta. Aprovaram os requerimentos de convites para que o presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, Eduardo de Vasconcellos Correia Annunciato; do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo, Gilberto Rodrigues Dourado e o delegado de Polícia Titular da 1ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, João Batista Pires Blasi, compareçam à CPI para prestar informações sobre os assuntos que constituem o objeto da investigação.
