O deputado Luiz Fernando coordenou nesta sexta-feira, 9/8, sessão solene em homenagem aos 60 anos da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O parlamentar salientou a importância da indústria química para o desenvolvimento de país. “Não nos cansamos de dizer que a indústria química é a mãe das indústrias. É fundamental na petroquímica, agroquímicos, produtos farmacêuticos, polímeros, tintas, conservantes alimentícios, defensivos agrícolas, fertilizantes, cosméticos, têxtil e tantos outros. Não há outras indústrias sem a indústria química”, afirmou Luiz Fernando.
Como coordenador da Frente Parlamentar em Apoio à Indústria Química e Farmacêutica na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Luiz Fernando lembrou da luta pela manutenção do Regime Especial da Indústria Química (REIQ), que isentava em 2% no PIS/Cofins as indústrias sobre a compra de matérias-primas básicas petroquímicas de primeira e segunda geração, extinto no governo passado.
A indústria química gera muitos empregos no Estado de São Paulo e está fortemente presente na região do ABC, com o Polo Petroquímico de Capuava, em Mauá e Santo André, além da indústria de tintas em São Bernardo, como a Basf, AkzoNobel, Lukscolor, entre outras. Luiz Fernando disse que São Paulo precisa lutar contra as recentes perdas de fábricas para outros estados, por conta das altas alíquotas de ICMS, acarretando a queda de arrecadação e, consequentemente, a diminuição de postos de trabalho. “Nosso estado precisa ser competitivo e não aceitar passivamente tantos fechamentos de empresas, como aconteceu nos últimos anos”, advertiu o deputado.

O deputado Rômulo Fernandes, membro da Frente Parlamentar da Química, frisou os 2 milhões de empregos diretos e o status de terceiro mercado industrial. “O Brasil está vivendo um momento importante de avanço de novos mercados, de novas tecnologias, novas fontes de energia e avanço em ciência. Por isso, acho que temos de colocar todos os atores juntos nessa evolução. A indústria química é um dos setores que pagam os melhores salários e que exigem mais qualificação”, afirmou.
André Passos Cordeiro, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Química, que representa mais de cem empresas do setor, disse que o objetivo da entidade é promover avanços, fortalecer a indústria como um todo e contribuir ativamente para o bem-estar de todos, baseado em ciência, inovação e tecnologia.
“Celebrar os 69 anos da Abiquim é celebrar o importante fato de que a indústria química brasileira é a mais sustentável de todo o mundo. Nossos esforços em saúde, segurança e meio ambiente resultam diariamente em operações mais eficazes, mais limpas, diretamente conectadas com as demandas de ESG (Ambiental, Social e Governança) e cada vez mais atentas às necessidades de um mundo em constante mudança”, afirmou Cordeiro
O presidente da Abiquim avalia que o Brasil é o melhor lugar para se produzir de forma sustentável. No entanto, ele considera que a indústria química está vivendo um dos momentos mais críticos, por conta dos impactos geopolíticos, do surto predatório de importações de produtos químicos, fábricas operando com índices elevadíssimos de ociosidade, algumas delas, inclusive, paralisando suas operações, além do alto custo das operações particularmente no que tange ao custo de matérias primas.
“O Brasil precisa urgentemente rever seu modelo primário-exportador e aplicar sua capacidade de produção em energias renováveis e sustentáveis para o desenvolvimento e competitividade do setor industrial”, completou, lembrando que a Abiquim comemora a volta de uma política industrial ativa em nosso país.
Mas, segundo Cordeio, essa política precisa ser mais intensa e mais profunda. Precisa ir para além das linhas de financiamento e avançar em um plano estruturante da indústria brasileira. Um plano regulatório adequado para a geração de um ambiente efetivamente competitivo que faça uso das vantagens comparativas do Brasil.

Airton Cano, da CUT, afirmou que é preciso sensibilizar governos e parlamentares para o desenvolvimento do setor. Nosso papel é manter a demanda das indústrias, defender os empregos, distribuir renda e cumpri o papel social do setor químico.
Participaram também da solenidade o vereador paulistano Hélio Rodrigues; Daniela Manique, presidente da Rhodia Solvay e presidente do Conselho Executivo da Abiquim; Hebert Passos Filho, representante do Sindicato dos Químicos de São Paulo e da Força Sindical; Aroaldo Oliveira, presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC; e Milton Rego, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Cloro Álcalis e Derivados e diretor do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química.


