A bancada de deputadas e deputados estaduais da Federação PT/PCdoB/PV manifesta-se sobre as recentes ocupações de terras e a luta pela reforma agrária em São Paulo.
Hoje, dia 17 de abril de 2024, o MST relembra os 28 anos do massacre de Eldorado do Carajás, quando 21 militantes que marchavam rumo ao município de Belém foram assassinados pela Polícia Militar do Pará. A data também é reconhecida oficialmente como Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária e Dia Internacional da Luta Camponesa.
Em referência a essa data emblemática, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promove, no Estado de São Paulo e no restante do país, diversas ações para que o governo federal intensifique a Política Nacional de Reforma Agrária e para que governos estaduais retomem políticas agrárias que promovam a democratização do acesso à terra, como prevê a Constituição Federal.
Como parte desses protestos, o MST promoveu a ocupação de dois imóveis improdutivos no Estado de São Paulo, nos municípios de Campinas e Agudos, com centenas de famílias que reivindicam por reforma agrária. A desocupação da fazenda de Campinas já foi feita, de forma violenta e ilegal, pela Guarda Municipal local. A ocupação de Agudos segue firme, apesar do clima de tensão imposto pela presumível repressão policial, em um Estado em que o próprio governador criminaliza a luta pela terra e abusa da violência como resposta para a falta de políticas de governo.
A bancada da Federação PT/PCdoB/PV na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo vem a público manifestar seu apoio às ocupações do MST e a todas as formas de protestos que buscam a realização da reforma agrária. Da mesma forma, vem a público se posicionar contra qualquer forma de repressão policial, por parte da Polícia Militar ou de guardas civis municipais. A democracia pressupõe respeito aos movimentos sociais, diálogo e tratamento digno a todos os cidadãos, inclusive aqueles que resolvem protestar.
A defesa da ordem não pode ser feita em desrespeito à vida e à dignidade humana. Neste 17 de abril, devemos estar ao lado dos que lutam de forma democrática por um pedaço de terra para produzir alimentos saudáveis, por uma sociedade mais justa, por projetos de reflorestamento e por preservação ambiental. Nossa voz soma-se às vozes dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo e da cidade: Reforma Agrária Já!
