Na CPI instalada na Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Luiz Claudio Marcolino voltou a cobrar da Enel Distribuição São Paulo um plano para indenizar os prejuízos da população paulista.
Na reunião desta quarta-feira, 29/11, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para apurar irregularidades e práticas abusivas cometidas pela empresa privada do setor elétrico, o diretor-presidente da Enel São Paulo, Max Xavier Lins, fez um pronunciamento de mais de 30 minutos sem apresentar um plano de indenização da população que foi afetada pelo apagão ocorrido após as chuvas do dia 3 de novembro.
A nova convocação do diretor-presidente, que já esteve na CPI, em 14/11, foi marcada exatamente para que a Enel respondesse aos questionamentos dos parlamentares sobre o ressarcimento de prejuízos, cobrou o deputado Luiz Claudio Marcolino.
O parlamentar petista lembrou que Nicola Cotugno prestou depoimento à CPI em 16/11, quando ainda respondia pela Enel nacionalmente — a demissão do cargo foi anunciada dias depois, em 23/11 —, e comprometeu-se a apresentar uma alternativa aos consumidores que tiveram prejuízos em função da falta de energia elétrica, definindo, inclusive, uma data para a apresentação de um plano de ressarcimento de pessoas físicas e jurídicas, independentemente das indenizações contratuais para cobertura de equipamentos eletroeletrônicos danificados.
Após a cobrança feita por Marcolino, o diretor-presidente da Enel São Paulo afirmou que um plano será apresentado até 6 de dezembro, sem adiantar qualquer informação sobre o seu conteúdo. Referiu-se à reunião com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e afirmou que o ressarcimento será uma “liberalidade companhia”.
Câmara Municipal
O ressarcimento do que foi perdido pelos consumidores residenciais e do comércio também é defendido na Câmara Municipal de São Paulo, que também constituiu uma CPI para investigar a Enel, depois do apagão que deixou milhares de paulistanos sem energia elétrica durante até uma semana. Participaram da reunião de hoje na Assembleia Legislativa, os vereadores João Jorge (PSDB) e Ricardo Teixeira (União), respectivamente presidente e vice da comissão parlamentar de inquérito da Câmara, os vereadores Thammy Miranda (PL), Jorge Wilson Filho (Republicanos) e Milton Ferreira (Pode); e as vereadoras Elaine do Quilombo Periférico (Psol) e Luna Zarattini (PT).