BETH SAHÃO REFUTA DEBATE IDEOLÓGICO SOBRE TRANSIÇÃO DE GÊNERO
BETH SAHÃO REFUTA DEBATE IDEOLÓGICO SOBRE TRANSIÇÃO DE GÊNERO

A CPI do Tratamento para Transição de Gênero ouviu, nesta quinta-feira, 23/11, a médica psiquiatra Akemi Shiba, pós-graduanda da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A psicoterapeuta, que clinica como psiquiatra infantil e faz especialização de perícia médica, é crítica dos tratamentos de casos de disforia de gênero, como bloqueio de puberdade, hormonioterapia e cirurgia de redesignação de gênero.

A deputada Beth Sahão, que integra a CPI, comentou que os estudos e casos selecionados pela psicoterapeuta para embasar sua apresentação estão em sintonia com a sua ideologia e opiniões, mas são controvertidas e sem embasamento científico.

Sahão perguntou se ela já trabalhou ou prestou algum serviço para o Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual – AMTIGUS, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Sahão, que é o objeto da investigação da CPI. Akemi Shiba respondeu que não.

“Vi que a senhora falou como endocrinologista, neurocientista, pediatra, psicóloga, geneticista e ortopedista. A senhora fez um apanhado, mas não se ateve àquilo que está sendo investigado por esta CPI, os tratamentos e procedimentos executados pelos profissionais do Amtigus”, disse Beth Sahão, sublinhando que as teorias e as afirmações categóricas feitas pela convidada não têm base científica.

A deputada perguntou sobre a experiência clínica da expositora com crianças e adolescentes transgêneros e se ela tem algum artigo publicado sobre seu trabalho e análise da casuística. “Já tentei publicar, mas o artigo não foi aceito”, respondeu Akemi Shiba.

Beth Sahão refutou a classificação da transexualidade como epidemia, motivo pelo qual a psicoterapeuta responde a processo movido pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul. A parlamentar também frisou que o Brasil não realiza cirurgia de redesignação de gênero em pessoas com menos de 18 anos.

A deputada concluiu que os profissionais do Hospital das Clínicas de São Paulo que estiveram na CPI fizeram falas absolutamente pautadas na ciência. Segundo ela, a excelência do tratamento dos casos de incongruência de gênero no Hospital das Clínicas é reconhecida, pois a instituição tem tradição e acúmulo de pesquisas e estudos com credibilidade científica.

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