FRENTE DEFENDE A VIDA E A PROTEÇÃO DE MULHERES E MENINAS
FRENTE DEFENDE A VIDA E A PROTEÇÃO DE MULHERES E MENINAS

A deputada Beth Sahão lançou nesta quarta-feira, 18/10, na Assembleia Legislativa, a Frente Parlamentar pela Defesa da Vida e Proteção de Mulheres e Meninas, que tem o objetivo de discutir políticas públicas e projetos de lei que garantam direitos e segurança das mulheres do Estado de São Paulo.

Parlamentares, ativistas, representantes de organizações sociais e de entidades da sociedade civil participaram do lançamento da frente. A mesa de trabalhos foi composta por Maria Amália Pie Abib Andery, reitora da PUC de São Paulo; Denise Motta Dau, secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres; Eleonora Menicucci, ex ministra de Políticas para as Mulheres; a promotora de justiça Silvia Chakian, da Promotoria Especializada de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar; a defensora pública Fernanda Costa Hueso, coordenadora do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres; Amarilis Costa, diretora executiva da Rede Liberdade; Marcia Viana, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, e Amelinha Telles, da União de Mulheres de São Paulo.

Deputada Beth Sahão

A deputada Beth Sahão destacou um dos principais problemas que atingem as mulheres no estado de São Paulo, a violência. Dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública, que comparam números do primeiro trimestre de 2022 e primeiro trimestre de 2023, mostram que houve um aumento de feminicídio de 34% (cresceu de 83 para 111). Ameaças somaram 29.513, em 2022, e 48.728, em 2023, quase o dobro. Lesão corporal dolosa cresceu de 24634, em 2022, para 28.617, em 2023. Foram registrados, em 2022, 1044 estupros, e em 2023, 1363, aumento de 28%.

“O pior de tudo é que essa violência toda se interiorizou. Há alguns anos, a violência era mais típica de cidades grandes, capital e região metropolitana. Hoje, em cidades pequenas e médias, se vê violência contra as mulheres, feminicídios, agressão e estupros acontecendo. O que que isso quer dizer¿ Que faltam políticas públicas no Estado”, avalia Beth Sahão.

A deputada chamou atenção para o orçamento da Secretaria Estadual da Mulher, que representa apenas 0,01% das despesas totais do Estado. “Quer dizer, é igual a zero. Não dá para pagar a folha de pagamento dos servidores da secretaria. Isso significa que o governo do estado não prioriza as ações voltadas para a questão de gênero.”

Além disso, Sahão referiu aos vetos impostos pelo governador atual e o anterior a projetos que pretendiam garantir a vacinação contra o HPV, o funcionamento das delegais das mulheres por 24 horas. Ela também criticou a ausência de mulheres na mesa diretora da Assembleia Legislativa, onde estão os cargos mais importantes e de decisão.

Ou seja, ainda temos uma situação que a gente precisa debater muito. Por isso, a frente parlamentar e a participação das mulheres da capital e do interior são importantes. Todos os debates precisam ter a representatividade das cidades interioranas, porque o interior de São Paulo é ainda muito conservador e precisamos criar políticas públicas para mudar a mentalidade e transformar a vida das pessoas.”

1 Comments

  1. Daniel Neres
    19/10/2023 at 07:02

    Parabéns a este lançamento tão importante de uma frente parlamentar com interesse de discutir, e elaborar propostas no sentido de ajudar mulheres e meninas em situações de desigualdade e de risco que vem ao longo dos anos de arrastando sem que o estado conservador/machista que é !!!
    Acredito que está bandeira de luta ainda vai trazer bons frutos, Parabéns

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