Chefe da endocrinologia pediátrica reafirma que crianças não são submetidas a hormonoterapia no HC
Chefe da endocrinologia pediátrica reafirma que crianças não são submetidas a hormonoterapia no HC

Durval Damiani afirmou nesta quinta-feira, 5/10, que a Unidade de Endocrinologia Pediátrica do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que ele chefia, não faz nenhum tipo de tratamento em crianças – nem tratamento hormonal, nem cirúrgico. Perante a Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Assembleia Legislativa de São Paulo, para investigar as práticas adotadas pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no diagnóstico, acompanhamento e tratamento de menores de idade com suspeita ou diagnóstico de incongruência de gênero ou transgêneros, Durval Damiani esclareceu que, no atendimento a adolescentes, o tratamento feito se restringe ao atraso da puberdade.

Durval Damiani

O chefe da endocrinologia pediátrica do HC-SP esclareceu, ainda, que o bloqueio da puberdade é reversível, sendo utilizado para que o médico, e o próprio paciente, tenham mais tempo para avaliar a situação.

Para a deputada Beth Sahão (PT), a qualidade dos profissionais do Hospital das Clínicas da FMUSP, que atenderam à convocação da comissão e prestaram esclarecimentos aos parlamentares, desmonta a intensão e o objetivo a CPI “que questiona um trabalho de altíssimo gabarito feito pelo Hospital das Clínicas”.

Beth Sahão

Em 17/8, a CPI já havia inquerido Alexandre Saadeh, coordenador do Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero e Orientação Sexual (Amtigos).

Beth Sahão relembrou que, ao contrário do que tentam fazer crer alguns deputados, o trabalho realizado no Hospital das Clínicas no acompanhamento de adolescentes com variação de identidade de gênero é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina e também pelo Conselho Nacional do Ministério Público que avaliou e arquivou denúncias, reafirmando que o trabalho realizado no HC-SP é sério e precisa ser continuado.

Foto: Alesp.

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