Frente propõe apoio e recursos para o Pontal do Paranapanema
Frente propõe apoio e recursos para o Pontal do Paranapanema

Localizado no extremo oeste de São Paulo, a cerca de 600 quilômetros da capital do Estado, o Pontal do Paranapanema foi tema, nesta segunda-feira, 4/9, de reunião da Frente Parlamentar de Desenvolvimento Econômico e Regional, coordenada pelo deputado Paulo Fiorilo.

A instalação de um escritório de desenvolvimento na região, com atuação dos governos estadual e federal, e a necessidade de garantir investimento público no Pontal do Paranapanema foram questões propostas durante o debate, que serão fomentadas pela Frente.

Lembrando que a Assembleia Legislativa de São Paulo inicia agora a discussão do Orçamento do Estado, para 2024, Fiorilo propôs que recursos para a implementação de apoio ao desenvolvimento dos 32 municípios que compõem o Pontal sejam garantidos. “Claro que vai ser um debate”, disse o deputado.

A necessidade de financiamento para o Pontal, com articulação dos dois governos, resultou da contribuição de Ricardo Pires de Paula, vice-diretor da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o campus de Presidente Prudente, e da participação do prefeito de Presidente Prudente e presidente da União dos Municípios do Pontal do Paranapanema (Unipontal), Ed Thomas.

Também participaram do debate Valentim Messias e Sérgio Farias de Oliveira, produtores rurais assentados, pela reforma agrária no Pontal do Paranapanema. Representando a secretaria de Estado de Negócios Internacionais, Sergio Ricardo Rodrigues Junior, falou da ação do governo do Estado na facilitação do comércio e exportação de produtos para além da cana-de-açúcar.

No diagnóstico apresentado com base em pesquisas realizada na Unesp de Presidente Prudente, Ricardo Pires de Paula falou da produção tecnológica, com inovação e sustentabilidade, na região. Há fábrica de drones, empresa que produz soluções para a área de informação espacial.

Ricardo Pires avaliou, ainda, o avanço do monocultivo canavieiro ocorrido no Pontal do Paranapanema e o uso intenso, na produção de cana, de agrotóxicos, em especial, a pulverização aérea, e pergunta se é possível a convivência entre essa monocultura e a rica e diversa produção de alimentos nos assentamentos da região. Ele lembrou que a história do Brasil mostra que em áreas com predomínio do monocultivo, especialmente o exportador, pouca inovação aconteceu e pouco se distribuiu renda.

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