O processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff abriu as portas para a misoginia, o machismo, o sexismo e várias vertentes da cultura de ódio que atingem o nosso país.

O portal da era das sombras seguiu com vigor durante a campanha eleitoral de 2018, tendo no atual presidente, Jair Bolsonaro, seu maior expoente.

No rastro dessa cultura do ódio, chegou à Câmara Municipal de Tatuí o vereador Claudio dos Santos (PSL), conhecido como Claudião Oklahoma, que tem contaminado o ambiente político da pacata cidade do interior paulista com sórdidas expressões de machismo, misoginia e racismo contra esposa de um desafeto político.

A bancada das deputadas e dos deputados estaduais do Partido dos Trabalhadores manifesta total solidariedade à vítima do vereador Claudião Oklahoma, que usa o mandato parlamentar para dar vazão a comportamento e manifestações de valores execráveis que afrontam conceitos básicos de respeito, civilidade e direitos humanos.

A nossa bancada soma-se aos protestos liderados por organizações de mulheres, movimentos sociais, populares, religiosos e raciais e coletivos, assim como por instituições como a OAB, dirigidos à presidência da Câmara Municipal de Tatuí, cobrando a punição severa e exemplar do vereador.

É necessário um levante pela retomada da cidadania. Os moradores de Tatuí e a sociedade paulista não podem conceber e tolerar que as Casas Legislativas sejam abrigos de machistas, racistas e misóginos.

Nós, deputadas e deputados estaduais do PT, aguardamos que o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo tenha postura firme e rigorosa na punição exemplar do deputado Arthur Do Val, Mamãe Falei, que se referiu de forma abjeta e desumana às mulheres ucranianas, vítimas da violência de guerra.

Esperamos que a Câmara Municipal de Tatuí seja contundente no enfrentamento ao vereador Claudião, que investido de mandato parlamentar destila ódio e remove valores submersos no pântano da crueldade, ferindo de morte nossa sociedade.

Bancada das deputadas e dos deputados do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa de São Paulo

Márcia Lia, líder do PT