Pela terceira vez consecutiva nos últimos meses o governo do Estado de São Paulo e sua Secretaria de Educação são alvos de criticas veementes contra a escolha do material didático e de apoio pedagógico. Apostilas com informações erradas, livros com palavras de baixo calão e agora uma “literatura” que não condiz com a função da escola, que mais deseduca e afronta a formação cidadã das crianças e jovens.
Um dos livros de poesias adotado apresenta dois problemas fundamentais: a idade a quem se destinou e o método pedagógico de tratar os temas abordados. Aparentemente serviria para introduzir e, ou discutir problemas sobre sexo, violência sexual, drogas, estupro. Porém, a forma irônica e anti -pedagógica como são tratados dificulta a compreensão podendo deturpar a elaboração dos alunos sobre essas questões. São temas socialmente já conflituosos, bastante problemáticos que exigem mediações do professor. Com o diz a professora Ângela Soligo, coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp na matéria da Folha de S. Paulo (28/05/09) referindo-se a uma poesia de um dos livros escolhidos: “É um horror. Tem uma ironia que talvez só o adulto entenda. É totalmente desnecessário na escola”. Por isso, a decisão do governo de manter os livros nas escolas para consulta deve ser também duramente criticado.
Mais uma vez o governo Serra não responde ao questionamento sobre a ausência de uma comissão responsável para análise dos livros escolhidos e quais critérios regem essa escolha. O que permite pressupor a existência de outros materiais contendo os mesmos problemas.
Diante de tais seqüências de fatos reincidentes, há que se exigir manifestação do Ministério Publico, do Conselho de Defesa da Criança e Adolescente, dos Conselhos Tutelares sobre a responsabilidade desses atos do governo do Estado .
Assessoria de Educação da Liderança do PT
