Cerca de 500 trabalhadores acampados e assentados do MST do Estado de São Paulo ocuparam a sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), na manhã de quarta-feira , 3 de agosto. O ato tem por objetivo pressionar os governos, federal e estadual para a pauta da Reforma Agrária.
Desde junho deste ano, os trabalhos do órgão em São Paulo encontram-se completamente paralisados.
Segundo Gilmar Mauro, da Direção Nacional do MST, “O Incra de São Paulo ficou sem superintendente, não tem assistência técnica proporcional à demanda, não tem dinheiro.”
A pauta de reivindicações do movimento no Estado de São Paulo é antiga: desapropriação de terras, regularização dos assentamentos já existentes, assistência técnica, crédito para a produção, infraestrutura e solução para a negociação das dívidas do FEAP, – um fundo de financiamento gerido pela secretaria estadual de agricultura.
O Estado de São Paulo tem cerca de 127 assentamentos em terras públicas estaduais, composto por 6458 famílias. De todas as gestões tucanas em São Paulo, no governo Serra o abandono da reforma Agrária foi agravada com a seqüente redução orçamentária ano a ano, o que tornou insignificante os investimentos para o desenvolvimento dos assentamentos e Comunidades Quilombolas.
Por fim, o orçamento zero para a ação e Implantação de Assentamentos Rurais por dois anos consecutivos, e a inoperância na arrecadação de terras devolutas do Pontal do Paranapanema, refletem a política de abandono da Reforma Agrária pelo governo estadual.
Os militantes do MST reivindicam a presença do presidente do Incra em São Paulo e o agendamento de uma audiência com o governador Geraldo Alckmin, para discutir as reivindicações do setor.
Assessoria de Agricultura e Assessoria de Comunicação da Bancada
