A eleição para os 16 representantes dos movimentos de habitação no Conselho Municipal de Habitação, domingo (04/10), foi marcada pelo uso da máquina do governo em favor de uma das chapas e total desorganização da Prefeitura de São Paulo.
Foi uma afronta à democracia e à lisura do pleito, pois nas subprefeituras os funcionários responsáveis pela eleição priorizaram a entrada de eleitores ligados a chapa 2.
Na véspera da eleição, integrantes da chapa 4 representaram ao Ministério Público denunciando que durante a última semana de campanha, nas repartições públicas, em especial nas subprefeituras, era encontrado farto material da chapa 2.
Em algumas subprefeituras, como na Capela do Socorro, os eleitores ficaram na fila até 4 horas para votar. Em vários locais, após às 17h, avistavam-se filas quilométricas. Falta de computadores e poucos funcionários para orientar os eleitores usaram grande confusão e revolta nas pessoas.
Quase 50 mil leitores compareceram ao pleito. Com o uso notório da máquina a chapa 2 fez 10 das 16 vagas em disputa, 61,2% dos votos. Em segundo lugar ficou a chapa 04, da União dos Movimentos de Moradias, com 06 vagas, 21,4%. Em terceiro lugar ficou a chapa 1, da Frente de Luta por Moradia, da Unificadora de Loteamentos e o Fórum dos Mutirões, com 2 vagas, 10,8%.
A chapa 3 e a 4 não elegeram representantes, pois não alcançaram o coeficiente eleitoral, que foi de 2.954 votos.
Várias entidades vão pedir a anulação da eleição com base no uso de poder econômico e da máquina pública.
OCUPAÇÃO NO PRÉDIO DA CDHU
As Famílias do Movimento dos Sem-Teto do Centro (MSTC), ligado à Frente de Luta por Moradia (FLM), ocuparam um prédio da CDHU na madrugada da segunda-feira (5/10), no Centro de São Paulo. A ocupação foi feita para pressionar o governo Serra a cumprir acordo feito com o MSTC.
O movimento fez uma reunião com representantes da CDHU, mas segundo as lideranças do movimento a negociação está travada por parte do governo Serra.
O MSTC denuncia o fracasso da política da CDHU de distribuir carta de crédito.
As famílias esbarram nas barreiras burocráticas impostas pela CDHU.
No caso das famílias despejadas da ocupação da Prestes Maia, em 2007, foram ferecidas 346 cartas, mas até agora apenas 30 famílias conseguiram suas casas. E mesmo assim em locais distantes e sem infraestrutura adequada.
Assessoria de Habitação – Liderança do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo
